Em todos esses anos, fiz um extraordinário esforço para entender o fenômeno da educação, procurando trabalhar pelo seu constante aperfeiçoamento. Como professor dedicado e homem público, sempre busquei separar o que era ensino do que representava educação. Sem confundir as responsabilidades de cada um.
Servi ao governo do Rio de Janeiro, por quatro vezes, como Secretário de Estado. Primeiro, como Secretário de Ciência e Tecnologia da Guanabara. Depois, durante quatro anos, de 1979 a 1983, quando fui Secretário de Educação e Cultura do Governo Chagas Freitas. Foi uma rara oportunidade de comandar o sistema. Inaugurei 88 escolas, é verdade, mas com uma notável equipe foi possível servir à expansão do processo educacional, com a ajuda de grandes educadoras, como Edília Coelho Garcia, Cylene Gallart, Fátima Cunha Ferreira Pinto, Aloísio Boynard, Maria Alice Máximo e Lúcia Venina, entre outros. Também contei com a colaboração inestimável de Carlos Alberto Serpa, Edgard Flexa Ribeiro, Roberto Boclin, Padre Leme Lopes e outros grandes educadores no Conselho Estadual de Educação. Todos entendiam muito bem o que deveria ser feito pelo enriquecimento da educação do nosso Estado. Vivemos entre 1979 e 1983 um período notável, de que nos lembramos muito bem.
Tive ainda o privilégio de viver um segundo período como Secretário de Estado de Educação, no ano de 2006, uma época de consolidação das conquistas realizadas.
A esses feitos pode-se agregar os oito anos vividos a serviço do Conselho Federal de Educação (seis anos) e depois dois anos no Conselho Nacional de Educação. Foram oportunidades raras, como a colaboração prestada ao senador Darcy Ribeiro, na elaboração da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei nº 9.394/96), especialmente no que se refere à inserção da modalidade de educação à distância no sistema brasileiro. Vivemos a experiência em Brasília de 1986 a 1992 e, depois, de 1996 a 1998. Saí do Conselho com uma vivência muito grande, que serviu extraordinariamente aos meus feitos como educador.
Como professor de História e Filosofia da Educação; como autor de mais de 3 mil artigos e 100 livros sobre educação, publicados, há mais de 15 anos, em mais de 20 jornais brasileiros; como presidente do Centro de Integração Empresa-Escola (CIEE) e como autor de dezenas de conferências em diversos estados brasileiros, posso afiançar que conheço muito bem quais são os melhores caminhos que devem ser percorridos pela nossa educação, para que seja devidamente aperfeiçoada.