Não são poucos os que gostariam de ter o poder de parar o tempo. Mas o tempo é inexorável; simplesmente flui a despeito do que a gente quer e do que a gente pensa. Mas, – viajando nos sonhos do impossível – e se a gente pudesse parar o tempo? Valeria a pena? Em que momento você pararia o tempo na sua vida?
Pense uma data da sua vida repleta de realizações e imagine-se parando o tempo naquele momento. Você era jovem, saudável e cheio de sonhos. Depois, veja quanta coisa boa realizou e verá que, se lhe fosse dado o poder de parar o tempo, você não teria vivido todas aquelas situações. Quanta gente não teria conhecido; quantos lugares não teria visitado; quantas experiências não teria vivenciado.
Com o tempo, vão se despedindo os mais velhos, mas também vão surgindo os mais novos. E você se integra numa geração entre o antes e o depois. Convive com aqueles que vieram antes de você e com aqueles que vieram depois de você. Você sempre será intermediário em duas gerações, que podem pensar diferente e agir diferente. Você faz parte de um pedaço desse importante tempo.
Para quem realiza diariamente coisas importantes e vive com intensidade, parar o tempo é deixar de ter novas experiências, colher novos frutos e viver novas realidades. O tempo faz os cabelos ficarem brancos, mas também traz a alegria de ser avós.
Se eu pudesse parar o tempo em plena infância, não o faria, porque não viveria o entusiasmo da juventude, dos projetos e das conquistas. Se eu pudesse parar o tempo na juventude, não o faria, porque não viveria o processo de crescimento e de maturidade. Se eu pudesse parar o tempo para evitar a velhice, também não o faria, porque me privaria da serenidade que vem com ela.
Enfim, melhor do que parar o tempo é vivê-lo intensamente. É fazer do tempo uma dádiva preciosa. Qualquer que seja sua idade, existe sempre muitos projetos a realizar. O importante é que você aceite as mudanças que surgem com o tempo e se adapte a elas. Não despreze as frações de tempo que a vida lhe oferece. Seja útil. Viva intensamente.