Cachoeiras atraem turistas de Norte a Sul do Brasil

De norte a sul do país, existem cachoeiras que vale cada metro de caminhada por trilhas de todos os níveis de dificuldade – pra tomar uma ducha energizante, nadar no poço ou ficar só de bobeira, admirando o conjunto da obra.

Como ainda tem muitos feriados pela frente, selecionei algumas, umas perto, outras um pouquinho mais distantes para dar tempo de planejar.
Também neste domingo começamos uma série de dicas para mulheres que não tem companhia para viajar (muito comum hoje em dia) e pretendem se aventurar por esse mundo.

CACHOEIRA DO TABULEIRO (em Conceição do Mato Dentro, Minas Gerais)

Amarre bem a bota, coloque a mochila nas costas e “bora” caminhar em meio a orquídeas e sempre-vivas no Parque Estadual da Serra do Intendente. Três trilhas compõem o programa que permitem a crianças e sedentários caminhar por 20 sossegados minutos até o mirante e contemplar os 273m da cachoeira em toda a sua plenitude. Daí pra frente, só graduados. Após o mirante, sai a trilha até o poço da queda. Começa ziguezagueando por uma pirambeira considerável (cuidado com a vertigem) até chegar ao leito do rio. Depois, caminha-se pelas rochas que o ladeiam por duas horas até o fim da jornada.

Como chegar – De Juiz de Fora a Conceição do Mato Dentro, são 430 Km. Aproximadamente 6h30 de viagem pela BR-040 e depois pela MG-010. De Conceição ao distrito de Tabuleiro, são 22 km de estrada de terra, que, quando chove, fica bem embaçada. Ainda tem um ladeirão até a portaria do Parque Estadual da Serra do Intendente.

VALE DO ALCANTILADO (em Visconde de Mauá entre Rio de Janeiro em Minas Gerais)

O complexo do Vale do Alcantilado é formado por nove cachoeiras, algumas, na verdade, são poços. A maior queda, com 50m, é justamente a derradeira. Bem sinalizada, a trilha de 1,5 quilômetros dispensa guia. As quedas e os poços vão surgindo a cada cinco minutos. Entre a quinta e a sexta, o mirante da Candeia tem a melhor panorâmica para fotos. Em uma hora de caminhada, finalmente o encontro com a principal cachoeira. Sem direito a banho, aqui apenas se admira os fios brancos caindo pela rocha. Depois de uma atividade intensa, antes de atravessar a portaria, é difícil resistir aos grandes pastéis da Vilma (sábados, domingos e feriados) ou ao caldinho de feijão da Lúcia, nas duas lanchonetes do complexo.

Como chegar – De Juiz de Fora a Visconde de Mauá são 199 km, aproximadamente 3h30, pela BR-267, entre a Vila de Maringá, onde há a maior concentração de pousadas, e o Alcantilado, são 7km, onde apenas 2,5km são asfaltados. Em dias de chuva, há um trecho bem perigoso no meio do caminho.

CACHOEIRA DA FAROFA (na Serra do Cipó, em Minas Gerais)

É uma das quedas mais acessíveis dentro do Parque Nacional da Serra do Cipó. Daí veio o nome, que se refere ao alto número de visitantes. Caminhando ou pedalando, eles deixam a portaria do parque e partem para o percurso relativamente tranquilo de 8km até o paredão onde está a cachoeira. Bem sinalizado, dispensa guias. O trecho plano termina no leito do rio. Mas pode ficar tranquilo: até a cachoeira, são apenas 50m por pedras um pouco escorregadias. Formada por sete pequenas quedas, a Farofa tem um poço bem gelado.

Como chegar – De Juiz de Fora à Serra do Cipó são 363,4Km, aproximadamente 5h13 de viagem, via BR-040. Do centrinho da Serra do Cipó até a portaria do parque são apenas 5,5km, 3,5km em uma estradinha de terra sacolejante. Ingresso: grátis. Em frente à portaria do parque, alugam-se bikes.

TRILHA DAS SETE CACHOEIRAS (em São Luiz do Paraitinga em São Paulo)

Todo sábado e domingo, às 9h, aventureiros deixam o Refúgio das Sete Cachoeiras, no distrito de Catuçaba, e se embrenham mato adentro para conhecer as sete cachoeiras da propriedade. Saindo de uma altitude de 600m, chegarão até 4.450m, em uma trilha circular de 7km. Condicionamento físico é fundamental. A primeira queda está quase ao lado da sede, mas o bicho pega é depois, com as subidas íngremes (cordas ajudam no deslocamento). Por vezes, é preciso atravessar o leito do rio a pé. Porém, com calma, uma a uma, as cachoeiras vão surgindo – duas delas com ótimo poço para banho. Ao final do passeio, um almoço caseiro feito em fogão a lenha fecha a aventura.

Como chegar – De Juiz de Fora à São Luiz do Paraitinga, em São Paulo, são 413 km, aproximadamente 5h29 via BR-040, BR-393, BR-116. O distrito está a 19Km de São Luiz do Paraitinga. Dali até o Refúgio, são mais 20Km em estrada de terra. No ingresso está incluído o almoço e o lanche de trilha. O passeio deve ser agendado.

CACHOEIRA DO CASSOROVA E DOS QUATIS (em Brotas, São Paulo)

O Ecoparque Cassorova abriga duas das cachoeiras mais altas e famosas da região. A primeira é a Cassorova, que, apesar de perto da sede, exige disposição para vencer uma trilha íngreme. Em dez minutos, você alcança a ponte, de onde se vê a volumosa queda em duas partes, dentro de um cânion, totalizado 60m. A outra é a Cachoeira dos Quatis, um pouco menor (46m), mas mais fechada em um cânion. Em 45 minutos, você estará de frente para ela. A trilha começa em um campo aberto, sem sombras. Sem um bom poço para o banho, só a vista da cachoeira em meio à mata faz valer o esforço.

Como chegar – De Juiz de fora à Brotas, em São Paulo, são 621,8km, aproximadamente 8h via BR-267. A distância a partir de Brotas é de 28km, sendo 23km de asfalto até o bairro do Patrimônio de São Sebastião da Serra e 5 km de terra por estradas bem sinalizadas.




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