EUA reclassificam crimes leves como graves e amplia lista de deportáveis

O Departamento de Segurança Interna (DHS, da sigla em inglês) assinou nessa terça-feira, 11, dois memorandos que aprofundam as mudanças na política imigratória de Donald Trump. Crimes que antes eram considerados leves passaram a ser tratados como crimes hediondos, ampliando com isto a lista de pessoas com status irregular no país que podem ser deportadas.

Os documentos também autorizam a contratação de 15 mil novos agentes imigratórios e delega mais poder às polícias locais para deportar e implementar a política migratória.

O secretário de segurança interna, John Kelly, disse que a política migratória de Donald Trump deve ser “levada a sério” e instou os agentes a cumprirem à risca as determinações.

Com novos agentes e com mais poder para policiais locais, o governo pretende expandir o programa de imigração e acelerar deportações.

Com a mudança classificatória de crimes leves para crimes hediondos, a lista de deportáveis aumenta consideravelmente, ao incluir infrações que eram leves na lista de crimes gravíssimos.

A partir de agora serão crimes hediondos: regressar ao país após ter sido deportado (por exemplo, cruzando a fronteira terrestre novamente) e fraudes como usar documentos falsos para trabalhar, como permissões de trabalho ou Social Security (seguro social) de outras pessoas.

O Social Security é um documento essencial para poder trabalhar formalmente no país. É um registro único usado pela segurança social e também contabilidade para fins de imposto de renda.

Alguns imigrantes utilizam números roubados ou de uma pessoa conhecida que permite o uso para registro em um emprego. Também será crime hediondo transportar ou acolher imigrantes sem documentos.

Se um motorista for pego dando carona a um imigrante ilegal em rodovias interestaduais, ele também poderá responder a um processo criminal. Também poderão ser deportados imigrantes com status irregular com condenações ainda não cumpridas.

“Criminosos estrangeiros têm mostrado seu desprezo pelo Estado de Direito e representam uma ameaça para as pessoas que vivem nos Estados Unidos. Como tal, os criminosos estrangeiros são uma prioridade para a remoção”, afirmou o secretário de Segurança Interna.

Fonte: Agência Brasil




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