O Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) deu início nesta segunda-feira, 4, ao novo ciclo paralímpico que visará a participação brasileira nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, em 2021, e de Paris, em 2024, além dos Jogos de Inverno em Pequim, em 2022, e dos Campeonatos Mundiais de cada modalidade.
O período marcará também a segunda gestão do presidente Mizael Conrado, reeleito por aclamação no último mês de dezembro para a posição para o ciclo 2021-2025. O ex-atleta do atletismo Yohansson Nascimento foi eleito vice-presidente e formará a nova diretoria executiva da entidade. Já a nadadora Edênia Garcia (classe S4) foi eleita presidente do conselho fiscal do CPB.
Esta é a primeira vez na história do Movimento Paralímpico nacional que a diretoria eleita do Comitê será formada somente por atletas medalhistas. Eleito presidente pela primeira vez em 2017, Mizael Conrado foi o primeiro medalhista paralímpico a assumir o cargo do CPB. Ele foi bicampeão paralímpico de futebol de cinco nos Jogos de Atenas 2004 e Pequim 2008, além de ter sido considerado o melhor jogador do mundo da modalidade em 1998.
Já o alagoano Yohansson Nascimento se aposentou das pistas em 2020 para concorrer à vice-presidência do CPB. Durante a carreira foi ouro nos 200m em Londres 2012 pela classe T45 (para atletas com deficiência nos membros superiores), além das pratas no revezamento 4x100m em Pequim 2008, nos 400m em Londres 2012 e no revezamento 4x100m no Rio 2016.
Também conquistou bronze nos 200m em Pequim 2008 e nos 100m no Rio 2016. Foi ainda medalhista mundial e em Jogos Parapan-americanos.
Já presidente eleita do conselho fiscal, Edênia, tem três medalhas paralímpicas: prata nos 50m costas em Atenas 2004, bronze nos 50m livre em Pequim 2008, e prata nos 50m costas em Londres 2012.
Foi também a primeira mulher brasileira a conquistar o título de tetracampeã mundial paralímpica (50m costas em 2002, 2006, 2010 e 2019). A nadadora é ainda pentacampeã parapan-americana (Mar del Plata 2003, Rio 2007, Guadalajara 2011, Toronto 2015 e Lima 2019).
“Precisamos deixar os nossos mais sinceros e profundos agradecimentos aos vice-presidentes Maria Naíse de Moraes Pedrosa e Ivaldo Brandão pela inestimável contribuição para o desenvolvimento do CPB no ciclo que se encerrou em 31 de dezembro último. A participação de vocês foi de crucial importância na sustentabilidade e maturidade de todo o ecossistema paralímpico nacional, não somente nos últimos quatro anos, mas ao longo das décadas de atuação no movimento. Cabe a nós, agora na companhia do campeão paralímpico Yohansson Nascimento na condição de vice-presidente, e a medalhista paralímpica e tetracampeã mundial, Edênia Garcia, presidente do conselho fiscal, prosseguirmos com o trabalho nos anos vindouros. Uma configuração jamais experimentada antes na diretoria executiva do Comitê Paralímpico Brasileiro, com ex-atletas no centro da gestão. É, por óbvio, razão suficiente para nos encher de orgulho e aumentar a esperança de grandes e impactantes conquistas aos atletas paralímpicos brasileiros. Feliz ano novo a todos”, escreveu Mizael Conrado, bicampeão paralímpico de futebol de cinco nos Jogos de Atenas 2004 e Pequim 2008 e presidente do CPB, em suas redes sociais nesta segunda.
Durante a sua primeira gestão (desde 2017), o Brasil conseguiu bater recorde de medalhas nos Jogos Parapan de Lima 2019, assim como no Mundial de atletismo do mesmo ano, quando contou com o seu melhor desempenho na história da competição ao ficar somente atrás da China no quadro de medalhas.
Também houve o lançamento do projeto Centro de Formação Esportiva, com a participação de mais de 500 crianças com idade escolar por ano, além do surgimento do Festival Paralímpico em 2018, que já movimentou mais de 100 mil pessoas com deficiência em 70 cidades do país.
Ainda sob seu mandato, foi realizado o lançamento do curso EaD Movimento Paralímpico: fundamentos básicos do esporte, que forma mais de 7 mil professores por ano, além das qualificações online e gratuitas de arbitragem e habilitação técnica.
Fonte: CPB