Funcionários da GIL tem pagamentos regularizados e greve é cancelada

Após haver indícios de paralisação das atividades, os funcionários da empresa Goretti Irmãos Ltda. (Gil), tiveram o pagamento de seus salários referentes ao mês de setembro, regularizados. Diante disso, a greve, que estaria em vigor a partir do último domingo (25) e duraria a semana inteira, foi cancelada ao menos por ora.

A quitação dos débitos foi confirmada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Juiz de Fora (Sinttro/JF), que segue no aguardo pela regularização de benefícios complementares aos salários, ainda em atraso.

O Sindicato informa também que o pagamento da parcela restante, foi efetuado no final da semana passada. Mesmo perante ao atraso dos benefícios, os trabalhadores optaram em aguardar a resolução da Gil, que deve ser publicada nesta quinta-feira (29). 

Anúncio de possível greve

Por conta do não pagamento dos salários do mês de setembro, os funcionários da Gil ameaçaram aderir a greve, com duração de tempo indeterminado, a partir do domingo (25). A categoria relata que não foi cumprida a decisão judicial, que determina a quitação dos débitos, por parte da empresa. No último dia 8 deste mês, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 3ª região, emitiu uma liminar referente ao caso e foi assinada pelo juíz da 1ª Vara do Trabalho de Juiz de Fora, José Nilton Ferreira. Caso o acordo não fosse cumprido dentro do prazo de 5 dias úteis, a empresa pagaria multa diária no valor de R$ 5 mil. 

Paralisação em agosto

No dia 18 de agosto, motoristas e cobradores de todas as empresas do Transporte Coletivo Urbano (TCU), entraram em greve, após serem recusadas as propostas de redução das cestas básicas e também do corte de 50% dos salários. 

A categoria reivindicou também a manutenção de no mínimo, 70% da jornada de trabalho e dos salários atuais, uma vez que as concessionárias teriam proposto corte de 50% das horas trabalhadas. Diante da situação, a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) autorizou às vans escolares de transportarem passageiros, como previsto em Decreto, no mesmo valor da tarifa de ônibus, R$ 3,75. Ao todo, cerca de 260 veículos estiveram em circulação no município.

A greve foi encerrada no dia 26 do mesmo mês, após ambas as partes chegarem a um acordo e os trabalhadores do transporte coletivo concordaram com: redução do ticket alimentação em 10%, retirada de alguns itens da cesta básica, estes até junho de 2021. Redução da jornada de trabalho para no mínimo 60%, suspensão do abono de férias e gratificação por antiguidade e programação de discussão do índice de reajuste, estes para janeiro de 2021.

Nova greve em setembro

No dia 15 do último mês, os motoristas e cobradores da GIL, paralisaram novamente suas atividades, desta vez por conta da suspensão do pagamento do plano de saúde. Contudo, os veículos voltaram a circular na manhã seguinte.

Crise nas empresas de ônibus

Por conta da pandemia do novo Coronavírus, as empresas de ônibus do município têm dívidas de R$ 7 milhões desde o mês de março, conforme a Astransp. Segundo informações dos consórcios, desde outubro de 2019, o número de passageiros pagantes ultrapassou a marca de 7 milhões. Já em março e abril deste ano, o número caiu para 4,9 e 2,2 milhões respectivamente.

Diante disso, as empresas alegam que a queda de usuários nos ônibus gerou desequilíbrio financeiro e no contrato de recessão. Além disso, os representantes já se reuniram com a Prefeitura de Juiz de Fora, para negociar reequilíbrio financeiro dos contratos de concessão do transporte.




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