Haas anuncia as saídas de Romain Grosjean e Kevin Magnussen

Após quatro temporadas de parceria, a Haas, anunciou nessa quinta-feira (22), as saídas do francês Romain Grosjean e do dinamarquês Kevin Magnussen. Consequentemente, os dois pilotos estão sem vaga no grid para 2021. Além disso, eles haviam informado na última semana, que seus serviços não seriam mais necessários.

A passagem deles pela equipe americana, ficou marcada por desempenhos irregulares, indisciplina e também por envolvimento em acidentes nas pistas, entre eles principalmente.

De acordo com o chefe Gunther Steiner, o motivo de tal decisão se dá por conta da atual situação financeira do time, administrado por Gene Haas, que também é dono da equipe que leva o mesmo nome na NASCAR:

“Queríamos alguma mudança daqui para frente”, disse Steiner. “Só precisamos ver como vamos em frente com o teto orçamentário, onde investimos melhor nosso dinheiro e o que fazemos. Então essa foi a razão, queremos fazer uma mudança no que estamos fazendo e precisamos nos preparar para as novas regulamentações em 2022, quando é um novo mundo para todos.”

Ao ser questionado sobre possíveis candidatos para as duas vagas, Steiner é categórico, ao dizer que foca em pilotos jovens e que tenham apoio financeiro:

“Poderíamos estar procurando também”, disse ele. “Talento sempre precisa estar lá, não só dinheiro, talento é mais importante, mas algumas pessoas têm patrocínio que trazem com eles, então estamos olhando para todas as opções lá fora também.”

O que dizem os pilotos

Após o anúncio de suas respectivas saídas, tanto Grosjean quanto Magnussen, comentaram sobre o caso. O francês relata que ficou surpreendido com a notícia, e que um deles seria mantido na equipe:

“Eu sabia que provavelmente um de nós sairia no final do ano, só porque a situação ao redor do mundo e covid tornou muito difícil financeiramente para muitas empresas ao redor do mundo, então eu sabia que um de nós iria sair. Eu disse ao Guenther na ligação quando ele me ligou que eu estava esperando que um de nós [saísse], e ele disse: ‘Não, por razões financeiras, eu preciso de vocês dois fora.’ Então, é justo, eu entendo completamente. Foi um ano difícil com Covid em muitas indústrias e as empresas sofreram com isso. a equipe está indo para um caminho diferente e eu desejo-lhes sorte e o melhor para o futuro”.

Enquanto isso, Magnussen confirmou que, apesar de trazer apoio de patrocinadores e parceiros, ele não foi capaz de trazer o tipo de orçamento que poderia realmente fazer uma diferença significativa para as finanças da equipe:

“Não posso trazer o tipo de apoio que você precisa na Fórmula 1”, disse Magnussen. “Eu tenho patrocinadores e tenho parceiros, mas não é nada grande neste mundo, e não é suficiente para fazer a diferença realmente, para mim. Mas não vou falar pela equipe. Guenther e Gene [Haas, dono da equipe] e a equipe podem fazer isso, eles podem dizer por que fizeram o que fizeram, mas certamente eu não posso trazer o que muitos outros pilotos podem trazer para lá.”

Procura no mercado

Nas últimas semanas, a imprensa europeia afirmou que a Haas estaria pensando no inglês Callum Illot, atual vice-líder da GP2, entretanto este não é tratado como prioridade no time americano. Os mais cotados são o alemão Mick Schumacher, por pressão da Ferrari, que fornece motores e outros componentes, e o russo Nikita Mazepin, que tem um grande aporte financeiro de seus patrocinadores.

Além disso, conta também com o brasileiro Pietro Fittipaldi e o suíço Louis Deletraz, como pilotos reservas. Dentre os chamados “veteranos” na categoria, o mexicano Sergio Perez e o alemão Nico Hulkenberg podem estar na briga por uma das vagas, porém pelo discurso adotado por Gunther Steiner, ambos estão tecnicamente descartados.

 




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