No último sábado, 2, o Hospital Universitário da UFJF participou de uma ação nacional de combate ao câncer da pele. Em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o dia de atendimento e esclarecimento tinha como objetivo alertar a população sobre a importância da prevenção e os perigos da doença. Foram realizados 155 atendimentos e, entre eles, 24 diagnósticos de tumores malignos, que serão atendidos de maneira eletiva pelo Serviço de Dermatologia do HU-UFJF/Ebserh.
SOBRE A DOENÇA
O câncer da pele representa 25% de todos os casos de câncer diagnosticados anualmente no Brasil segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), sendo o tipo mais incidente no país. Apesar da alta incidência, ainda existe muito desconhecimento quanto às características e sintomas da doença, e muitos subestimam a necessidade de prevenção e acompanhamento médico regular. Essa desinformação dificulta o diagnóstico precoce, importante para que a doença não se agrave.
Ele é provocado pelo crescimento anormal das células que compõem a pele. Existem diferentes tipos de câncer da pele que podem se manifestar de formas distintas, sendo os mais comuns denominados carcinoma basocelular e carcinoma espinocelular – chamados de câncer não melanoma – e que apresentam altos percentuais de cura se diagnosticados e tratados precocemente. Um terceiro tipo, o melanoma, apesar de não ser o tipo de câncer da pele mais incidente é o mais agressivo e potencialmente letal. Quando descoberta no início, a doença tem mais de 90% de chance de cura.
DIAGNÓSTICO E PREVENÇÃO
Em todos os tipos, a exposição excessiva e sem proteção ao sol é a principal causa de câncer da pele. Ele pode se manifestar como uma pinta ou mancha, geralmente acastanhada ou enegrecida; como uma pápula ou nódulo avermelhado, cor da pele e perolado (brilhoso); ou como uma ferida que não cicatriza.
A regra do ABCDE ajuda na suspeita de uma lesão maligna e sinaliza que um dermatologista deve ser procurado.
ABCDE DA PINTA
- ASSIMETRIA: A metade da pinta não “casa” com a outra metade. Pintas perigosas ou melanomas tendem a ter uma assimetria de cores e forma.
- BORDAS: Lesões malignas apresentam bordas irregulares, dentadas ou com sulcos, com interrupção abrupta na pigmentação da margem.
- COR: A coloração não é a mesma em toda pinta. Lesões muito escuras ou que apresentem diferentes tons em uma mesma lesão devem ser avaliadas, pois podem indicar malignidade.
- DIÂMETRO: Lesões que crescem rápido de diâmetros, principalmente aquelas maiores que 6 milímetros, levam a uma suspeita maior de lesão maligna.
- EVOLUÇÃO: Toda pinta que mudar (mudança de cor, formato, tamanho e relevo) em curto período de tempo (1 a 3 meses) deve ser examinada por um dermatologista.
Outra forma de avaliar o risco da doença é através da “Calculadora de Risco para Câncer da Pele”, também disponível no site (www.sbd.org.br/controleOsol/calculadora). Para se prevenir, evite o sol entre 10h e 16h, aplique protetor solar diariamente (fator de proteção de no mínimo 30) e repita a aplicação a cada 2 horas; use camiseta, chapéu de abas largas, sombrinha e guarda-sol e não se esqueça dos óculos escuros, de preferência com lentes de boa qualidade.
Fonte: Assessoria