Sete pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por envolvimento com o tráfico de drogas e com a facilitação de entrada de celulares no Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) de Juiz de Fora.
A denúncia foi oferecida pela Promotoria de Combate ao Crime Organizado de Juiz de Fora e pelo Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), unidade Belo Horizonte, e recebida pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Juiz de Fora, que decretou a prisão preventiva de sete dos nove denunciados.
Em agosto deste ano foi deflagrada a operação Pente Fino após apuração conduzida pelo MPMG que investigou a existência de uma organização criminosa atuando no presídio. A operação contou com o apoio da Polícia Militar e da equipe de Inteligência da unidade prisional.
Foram denunciados dois agentes penitenciários, um ex-agente penitenciário, um ex-detento, três reclusos, a mãe e a cunhada de um dos presos.
CHEFE DO ESQUEMA
Consta na denúncia que um dos agentes penitenciários chefiava o esquema, contando com o auxílio e a conivência do outro agente. Um ex-detento atuava como atravessador, servindo de intermediário entre o agente chefe, os presos e seus familiares.
Um dos presos encomendava a entrega do produto ao ex-detento e se encarregava da venda e da distribuição das drogas e dos celulares no interior do presídio. Os outros dois detentos resgatavam o material em locais previamente determinados pelos agentes e o levava até a cela daquele que havia encomendado.
As duas mulheres providenciavam a compra e a entrega da droga e dos celulares ao atravessador.
Durante a operação Pente Fino, a Polícia Militar apreendeu com um dos agentes sete munições CBC calibre ponto 38 sem autorização; carregador da pistola calibre ponto 38, marca Taurus, modelo 838; e comprovantes de depósitos bancários.
Na casa do ex-agente penitenciário, os policiais militares apreenderam três celulares, dez cartuchos calibre 380; cartucho calibre ponto 38; 11 cartuchos de munição calibre 12 (sendo três deflagrados); espargidor de pimenta; soco inglês; capa de colete com duas placas balísticas e dois pares de algemas.
Conforme apurado pela Polícia Civil, as placas balísticas e um dos pares de algemas pertencem à Secretaria de Estado de Defesa Social.
Na casa do ex-detento, os militares apreenderam porções de haxixe, crack, maconha e cocaína, balança de precisão e triturador de maconha.
Fonte: Assessoria