Greve de fome de prisioneiros palestinos agrava tensão com Israel

Uma greve de fome de mais de mil prisioneiros palestinos em protesto contra o tratamento que recebem em prisões israelenses se transformou em uma disputa acalorada, na qual se discute se o líder da iniciativa violou o jejum em segredo e se Israel tentou convencê-lo a furar o movimento. As informações são da Reuters.

A greve, que começou em 17 de abril, foi uma resposta a um clamor de Marwan Barghouti, o palestino mais conhecido sob detenção de Israel, pedindo um protesto contra as más condições e a política israelense de detenção sem julgamento, que vem sendo aplicada a milhares de prisioneiros desde os anos 1980.

Barghouti, de 58 anos, um líder do movimento Fatah, viu sua popularidade entre os palestinos crescer desde que foi preso por assassinar israelenses durante a segunda intifada e condenado a cinco penas de prisão perpétua em 2004. Pesquisas indicam que muitos palestinos o querem como seu próximo presidente.

Embora as greves de fome não sejam incomuns entre os 6.500 palestinos nas cadeias de Israel, muitos dos quais condenados por ataques ou por planejarem ataques contra o Estado judeu, está é um dos maiores protestos do tipo até hoje. Se mantido, pode representar um desafio a Israel antes da visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, prevista para 22 de maio.

É provável que a greve de fome também eleve as tensões entre Israel e os palestinos, devido à aproximação do 50º aniversário da ocupação israelense da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental, que ocorre no princípio de junho.

No início da greve, um grupo de colonos israelenses fez um churrasco no estacionamento de uma das prisões, em uma tentativa aparente de provocar aqueles que jejuavam do lado de dentro.

Fonte: Agência Brasil




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