O ex-ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência, Edinho Silva, atual prefeito de Araraquara (SP), negou que a campanha presidencial de 2014 da chapa Dilma–Temer tenha cometido qualquer irregularidade. Em resposta às denúncias divulgadas nessa terça-feira, 24, em relatório da Polícia Federal sobre desvios no pagamento às gráficas contratadas durante a campanha, Edinho afirmou que pode assegurar que todo o processo de contratação das empresas e de distribuição dos produtos foi documentado e monitorado. As declarações foram feitas nessa quarta-feira, 25, no Palácio do Planalto, depois que Edinho se encontrou com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha.
“As gráficas todas foram cotadas. Eu tenho registro de que esse processo ocorreu, as gráficas foram contratadas, portanto, pelo menor preço. (….) E nós criamos na campanha um grupo de auditoria interna, que visitava cada gráfica para que fiscalizasse in loco a produção”, explicou o ex-ministro, que foi o coordenador financeiro da campanha de 2014.
Em dezembro do ano passado, a Polícia Federal deflagrou uma operação, a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para investigar as empresas VTPB Serviços Gráficos e Mídia Exterior Ltda, Focal Confecção e Comunicação Visual Ltda e Rede Seg Gráfica Eireli, que prestaram serviços para a campanha eleitoral da ex-presidente Dilma Rousseff e do presidente Michel Temer. O relatório da operação aponta que os recursos destinados ao pagamento das empresas contratadas foram desviados para benefício ilícito de terceiros.
“Não tem nenhuma atividade que a presidente Dilma esteve, ou o vice-presidente à época esteve, que não tenha sido noticiado pela imprensa, que não foi acompanhado pelo GSI [Gabinete de Segurança Institucional da Presidência]. Agora, se a empresa terceirizou o serviço, é evidente que não cabe à campanha fiscalizar isso. A minha obrigação é fiscalizar que os produtos foram entregues, (…) tudo isso está documentado.”, declarou.
Segundo Edinho, a reunião no Palácio do Planalto foi marcada para tratar de problemas do programa Minha Casa, Minha Vida em Araraquara. De acordo com Silva, o município recebeu 4.200 casas do programa, mas sem creche, posto de saúde e escola e, como prefeito, ele foi a Brasília pedir recursos para concluir as obras.
Fonte: Agência Brasil