Ao decretar greve a partir dessa terça-feira, 17, até a próxima segunda-feira, 23, o Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio de Janeiro denunciou a situação de insegurança que era enfrentada por inspetores penitenciários que trabalham em Japeri, na Baixada Fluminense.
Segundo o texto de autoria do presidente do sindicato, Gutembergue de Oliveira, criminosos que hostilizavam inspetores penitenciários passaram a exigir que eles abaixassem os vidros e se identificassem no caminho de ida e volta para o presídio em que trabalham. A nota classifica a situação de “total descalabro que demonstra a falência do poder estatal em determinados territórios do Estado.”
“Continuando nas suas ações progressivas, os meliantes fazem inspetores saírem dos carros e os revistam. Num dia, roubaram o veículo de um inspetor, dois dias depois roubaram o veículo e a arma de outro, no dia seguinte fizeram disparos no carro de outro inspetor, felizmente não o acertando”, narra o texto publicado no site do sindicato. “O último evento, na segunda-feira, 9, em que um inspetor foi parado, teve seu carro revistado, sofreu revista pessoal e, não satisfeitos, os marginais tiraram o cordão do seu pescoço”.
A Polícia Militar informou por meio de nota que tomou conhecimento da situação. Segundo a assessoria de imprensa da corporação, o comandante do 24º Batalhão de Polícia Militar [Queimados] teve uma reunião com diretores da Cadeia Pública Cotrim Neto, no dia 10. A reunião ocorreu um dia depois do último episódio relatado no texto do sindicato.
A PM disse que o encontro terminou com a definição de que seria criado um patrulhamento motorizado para garantir a segurança no entorno. O presidente do sindicato confirmou que o policiamento passou a ser feito e afastou os criminosos.
Fonte: Agência Brasil