Fórum marca início da implantação do polo internacional de economia criativa em Juiz de Fora

Segundo informações do site da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), “Acendeu uma chama de esperança de a gente poder, de fato, fazer algo por Juiz de Fora.” Assim, a estudante de Psicologia, Mariana Cobuci, definiu a sua participação no 1º Fórum Próximo Futuro de Juiz de Fora, realizado nos últimos dias 26, 27 e 28 de julho, no Teatro Paschoal Carlos Magno. Durante os três dias, cerca de 300 pessoas participaram presencialmente do evento, aceitando o convite de refletir para construir uma nova realidade para a cidade. “Me trouxe algumas reflexões, alguns questionamentos do nosso papel como agentes dos espaços que ocupamos”, destacou Mariana.
O evento, realizado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), Instituto Fábrica do Futuro e Sebrae Minas, reuniu especialistas e gestores de várias partes do Brasil e do mundo que pensam e trabalham a chamada “nova economia”, a economia criativa. “Foi um imenso sucesso e conseguiu não apenas produzir discussões de altíssimo nível, mas gerar expectativas, inspirações, esperanças. As pessoas estão motivadas, estão interessadas nesta sgenda que é definitivamente fundamental”, disse a chefe do executivo municipal, Margarida Salomão. “O que desejamos é a cidade necessária, a que não é, a que virá a ser. Por isso, ela se coloca no futuro, por isso estamos aqui movidos por essa expectativa e essa necessidade de construir, certamente, com a colaboração de todos e de todas”.
O secretário de Desenvolvimento Sustentável e Inclusivo, da Inovação e Competitividade, Ignacio Delgado, destacou a participação de diferentes redes e públicos. “O Fórum contou com a participação de pessoas da cultura, mídia, de criações funcionais e de tecnologia da informação de Juiz de Fora, em um processo cujo propósito é exatamente constituir uma rede de cooperação, para que essa potencialidade da cidade se materialize em instrumentos para levar adiante a economia criativa como um vetor do desenvolvimento”, afirmou.
Para Ignacio, a cidade, pela sua trajetória de polo cultural e científico, com uma rica formação profissional em atividades ligadas às criações funcionais e com também profissionais e veículos de mídia de grande relevância, tem tudo para ser um polo internacional da economia criativa  “não só acolhendo aquilo que aparece de mais contemporâneo e de fronteira no planeta nessa direção, como também encontrando condições para projetar para o Brasil e para o exterior aquilo que se faz aqui”, explica. “Agora é colocar as mãos à obra, construir a rede e os instrumentos necessários para que a economia criativa seja, efetivamente, uma das alternativas para o desenvolvimento da cidade. Para o nosso próximo futuro”.
Para a psicóloga Luciana Januzi, trata-se de uma iniciativa inovadora. “Achei interessante para refletirmos um pouco sobre o que a gente viveu recentemente e o que a gente faz a respeito disso. Parar para refletir, para poder escutar outras pessoas, outras experiências, é muito importante. Achei bem inovador até mesmo pela nossa cidade, que não tinha tido essa oportunidade”, avaliou.
A estudante do Bacharelado Interdisciplinar da Universidade Federal de Juiz de Fora, Helen Cristina, é de Ouro Branco, e também aproveitou a oportunidade para ouvir as experiências dos convidados. “Achei o evento bem dinâmico e legal, principalmente pela participação das pessoas. Eu realmente achei bem interessante o jeito que os palestrantes abordaram as questões, deu pra entender exatamente o que eles estavam querendo passar”.
Objetivos atingidos
O 1º Fórum Próximo Futuro de Juiz de Fora teve dois objetivos principais, como destacou a prefeita Margarida Salomão, em carta publicada no ano passado. “O primeiro, abrir caminhos para a adesão de Juiz de Fora a plataformas globais de cidades que se orientam, em destaque, pela Agenda 21 da Cultura e pela Agenda 2030 das Nações Unidas. O segundo, gerar um ambiente favorável para o pensamento e a reflexão, trocas de experiências e conexões, que possa formar uma ‘rede de cooperação local’ capaz de realizar em curto prazo a ‘missão’ de transformar nossa cidade de Juiz de Fora em um ‘Polo Internacional de Economia Criativa’.
Em ato simbólico, durante o terceiro dia do evento, Juiz de Fora aderiu à “Agenda 21 da Cultura”, documento internacional orientador das políticas públicas de cultura e uma contribuição para o desenvolvimento cultural da humanidade.
Já nesta sexta-feira, 29, em evento realizado no Moinho Zona Norte, uma grande rede de atores ligados à economia criativa foi formada, para a construção de um plano estratégico para tornar a cidade referência no setor. “O que é preciso entre nós é conexão, e esse foi o propósito do fórum, que depois de um longo período de preparação envolvendo todos os setores, realizou-se nos últimos três dias, com uma programação muito rica e plena de êxito”, lembra o secretário Ignacio Delgado.
O diretor da Fábrica do Futuro, César Piva, lembrou os diálogos com setores locais durante a construção do Fórum. “Durante esses quatro meses na cidade, o que mais ouvi foi ‘precisamos de conexão’. Isso de todos os setores: Cultura, TI, mídias, criações funcionais, empresários, academia. Mandamos muito dinheiro embora. Outra fala é ‘visibilidade’. A necessidade de falar para o mundo, o que está muito ligado a conexão. Esse é um desafio de todos nós”, avalia.
O Primeiro Fórum do Futuro de Juiz de Fora pode ser assistido, na íntegra, através do link.




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