O Brasil terá cinco tenistas nos Jogos Paralímpicos de Tóquio. Na terça-feira, 8.06, a Federação Internacional de Tênis (ITF) confirmou a classificação dos brasileiros de acordo com o ranking das diferentes categorias. O evento será entre 24 de agosto e 5 de setembro na capital japonesa.
Na categoria Open Masculino, eram 56 vagas em disputa. O Brasil será representado pelos mineiros Daniel Rodrigues (11º no ranking), Gustavo Carneiro (41º) e Rafael Medeiros (46º). Na categoria Open Feminino, são 32 atletas. A mineira Meirycoll Duval, 28ª do ranking, carimbou o passaporte. Na quad, o catarinense Ymanitu Silva, 10º do mundo, será um dos 16 atletas a buscar a medalha de ouro.
Os cinco são integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro, executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Daniel e Ymanitu pertencem à categoria Pódio, a principal do programa, voltada para atletas que se posicionam entre os 20 melhores do ranking mundial em suas modalidades. A Bolsa Pódio prevê repasses mensais que variam entre R$ 5 mil e R$ 15 mil mensais, de acordo com a performance esportiva do atleta. Rafael integra a categoria Olímpica/Paralímpica. Meirycoll e Gustavo pertencem à categoria Internacional.
Todos os tenistas classificados já tomaram a primeira dose da vacina para Covid-19 e irão receber a segunda dose antes da viagem para a Ásia, que está marcada para 8 de agosto. No Japão, a primeira parada será em Hamamatsu, onde a delegação fará a aclimatação antes de competir em Tóquio.
“Alcançar essa classificação para os Jogos Paralímpicos é resultado do trabalho e dedicação de atletas e treinadores. Ficamos felizes também pelo reconhecimento do trabalho da CBT, que atua incansavelmente para que os atletas possam participar do máximo de eventos e treinamentos. É um trabalho de longo prazo, que cada vez vem dando mais resultados”, afirma Jesus Tajra, vice-presidente da Confederação Brasileira de Tênis.
“Chorei muito quando soube. É um sonho que sempre tive desde 2011, quando mal sabia pegar na raquete. Tive a felicidade de jogar o Parapan de Lima, mas o meu sonho era ir a uma Paralimpíada. Receber a classificação dizendo que estou indo por mérito, por dedicação a todo o trabalho que foi feito, faz com que eu tenha mais motivação ainda”, disse Meirycoll Duval.
“Viver essa experiência de uma paralimpíada novamente me mostra que estou no caminho certo. Foram cinco anos de preparação e investimentos, tanto no meu físico quanto em equipamentos, como cadeira e raquetes. Os profissionais que me cercam para esse treinamento me dão doses diárias de força e otimismo. O que mais quero levar comigo é o carinho e a torcida de todos os que vibram por mim”, afirmou Ymanitu Silva.
Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro