Fábio Bordignon bate recorde das Américas no segundo dia de seletiva paralímpica

O velocista fluminense Fábio Bordignon, da classe T35, estabeleceu um novo recorde das Américas e brasileiro nos 100m nesta quarta-feira, 9.06, durante o segundo dia da seletiva paralímpica do atletismo. A marca de 12s40 também lhe rendeu o índice para os Jogos de Tóquio. A primeira etapa da seletiva ocorre no Centro de Treinamento Paralímpico de São Paulo até sábado, 12.06, e reúne 63 inscritos.

A antiga marca continental era de 12s57, do próprio atleta, registrada em 2018. “É gratificante voltar a correr e alcançar o índice para Tóquio. Com toda a certeza, é uma superação de tudo o que ocorreu na pandemia. Estou voltando de lesão, tive coronavírus e só voltei a treinar recentemente. Agradeço ao meu clube, a Andef, e ao professor Amaury [técnico chefe do atletismo] por todo o suporte”, afirmou Fábio, que tem paralisia cerebral.

O atleta conheceu o esporte paralímpico em 2007, assistindo às transmissões dos Jogos Parapan-Americanos do Rio. Ao procurar uma instituição para pessoas com deficiência, descobriu o futebol de 7 e iniciou a carreira em 2009. Disputou várias competições, inclusive os Jogos Paralímpicos de Londres 2012 pelo futebol de 7.

Já em 2015, Fábio migrou para o atletismo e, no ano seguinte, já era recordista das Américas. Novamente nos Jogos Paralímpicos, faturou a prata nos 100m e nos 200m na edição do Rio, em 2016. Nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019 foi campeão nos 100m e faturou o bronze nos 200m da classe T35. “Agora, aguardo a convocação oficial e espero conquistar pelo menos uma medalha para o Brasil em Tóquio”.

Outros resultados

Apesar de não bater o índice de 10s68 na sua prova dos 100m, o velocista Alan Fonteles bateu o recorde das Américas pela classe T62 (amputados de membros inferiores com prótese). O atleta do Pará completou a distância em 11s25 e baixou a marca continental anterior que era de 11s42.

Assim como havia feito na prova dos 100m, na abertura da seletiva, o velocista Christian Gabriel, da classe T37 (atletas com paralisia cerebral), voltou a bater o índice nos 200m nesta quarta. Ele correu em 23s19 e foi mais rápido que a marca de 23s31 pré-estabelecida em sua classe.

Outros atletas da classe T37, Mateus Evangelista e Ricardo Gomes ficaram próximos do índice de 11s34 nos 100m. O primeiro completou a prova em 11s79, enquanto o segundo fez em 11s59.

Entre as mulheres, a velocista Gabriela Mendonça ficou a 34 centésimos do índice de 12s20 na prova dos 100m feminino pela classe T13 (atletas com deficiência visual).

Todos os atletas citados nesta reportagem são integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro, executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Fábio Bordignon, Alan Fonteles, Mateus Evangelista e Gabriela Mendonça integram a categoria Pódio, a principal do programa. A Bolsa Pódio é voltada para atletas que ocupam as 20 primeiras colocações no ranking mundial de suas modalidades, e prevê repasses mensais que variam entre R$ 5 mil a R$ 15 mil, de acordo com os resultados dos atletas.

Fonte: Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB)

 




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