A Seleção Brasileira de judô terminou o primeiro dia do Grand Prix de Baku, no Azerbaijão, com uma medalha de bronze. A paulista Lúcia Teixeira, prata nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e Londres 2012, conseguiu o feito ao derrotar a russa Natalia Ovchinnikova por imobilização na categoria até 57kg.
Ao todo, 13 atletas representam o Brasil no GP de Baku. São eles: Alana Maldonado (até 70kg), Arthur Silva (até 90kg), Antônio Tenório (até 100kg), Giulia Pereira (até 48kg), Harlley Arruda (até 81kg), Rebeca Silva e Meg Emmerich (mais de 70kg), Lúcia Teixeira (até 57kg), Luan Pimentel (até 73kg), Maria Núbea Lins e Karla Cardoso (até 52kg), Thiego Marques (até 60kg) e Wilians Araújo (mais de 100kg). Todos eles são integrantes do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro, executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania. Dos 13 da delegação, 11 pertencem à categoria Pódio, a principal do programa. Thiego e Luan fazem parte da categoria Internacional.
Quinta melhor do ranking mundial em sua categoria de peso, Lúcia teve que se recuperar no evento após perder na estreia para a atleta da casa Sevda Valiyeva, que está uma posição acima da brasileira e acabou ficando com o ouro ao bater a uzbeque Parvina Samandarova na final. Na repescagem, a brasileira reencontrou uma velha conhecida, a argentina Laura Gonzalez, a quem já derrotara no Parapan de Lima 2019. Com outra vitória sobre a oponente, Lúcia seguiu adiante até a disputa do bronze.
“Estou feliz com o resultado. Havia a expectativa por estarmos há mais de um ano sem competir e a gente já pegou uma competição forte como essa. Trabalhamos dentro das possibilidades, então o sentimento é de felicidade por estar aqui e por essa oportunidade de competir fora. É gratificante sair com a medalha”, comemorou a judoca.
Os demais brasileiros que lutaram nesta terça não tiveram vida fácil. Com praticamente todos os melhores judocas do mundo reunidos no Azerbaijão, o torneio dificultou os planos de quem ainda briga por vaga nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, marcados para agosto.
Medalhista de ouro no Parapan de Lima 2019, Giulia Pereira, 16ª do ranking na categoria até 48kg, perdeu o primeiro combate para a uzbeque Lobar Khurramova, sétima melhor do mundo e que ficaria com a prata posteriormente. Na repescagem, a paulista foi superada pela turca Cahide Eke.
Outros três brasileiros derrotados logo nas lutas iniciais ainda viram seus algozes pararem pelo caminho, o que os impediu de buscar recuperação na repescagem. Na categoria até 52kg, Karla Cardoso perdeu para a ucraniana Nataliya Nikolaychyk, e Maria Núbea Lins, para Sabina Abdullayeva, do Azerbaijão. Na categoria até 73kg masculina, Luan Pimentel levou a pior contra Bachuki Shelia, da Geórgia.
Mais ação
Nesta quarta-feira, 26.05, tem mais Brasil no tatame a partir das 3h (de Brasília) com as lutas qualificatórias. Entram em cena a campeã mundial Alana Maldonado (até 70kg), Rebeca Silva e Meg Emmerich (mais de 70kg), Harlley Arruda (até 81kg), Arthur Silva (até 90kg), Antônio Tenório (até 100kg) e Wilians Araújo (mais de 100kg). As finais são a partir das 8h30, e a IBSA (sigla em inglês para Federação Internacional de Esportes para Cegos) transmite ao vivo.
O GP de Baku é o primeiro evento oficial de judô paralímpico desde fevereiro de 2020, quando foi realizado o Aberto da Alemanha. Os atletas que ainda buscam vaga para os Jogos de Tóquio terão uma última oportunidade de somar pontos no ranking mundial em junho, no GP de Warwick, na Inglaterra.
Fonte: Confederação Brasileira de Desportos de Deficientes Visuais (CBDV)