O cavaleiro brasileiro Rodolpho Riskalla, qualificado para os Jogos Paralímpicos de Tóquio, esteve a postos no torneio internacional de Adestramento Paraequestre em Munique, na Alemanha, entre 21 e 24 de maio, Feriado de Pentecostes na Alemanha.
Rodolpho, que vem de um tricampeonato em Mannheim na Alemanha em 9 de maio e também foi tri em Doha, no Catar em fevereiro de 2021, enfrentou desta vez um adversário a mais: a forte ventania na capital da Bavieira e no Estádio Olímpico de 1972, local da competição.
“Estava um super vento, meu cavalo Don Frederic ficou meio histérico e por isso foi meio difícil. Os dois primeiros dias tinha o mastro onde hasteia a bandeira e o vento batia e assobiava. Aí depois ele foi acalmando, mas no segundo dia também estava tenso”, afirmou. O cavaleiro é integrante da categoria Pódio, a principal do Bolsa Atleta, programa de patrocínio individual do Governo Federal Brasileiro, executado pela Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania.
“O importante é que ganhamos o Freestyle (reprise musicada com movimentos obrigatórias em sequência livre), que era o mais importante. Ganhamos, com 74,975% e estamos bem felizes”, conta Rodolpho, que tem o apoio de sua mãe, a treinadora e juiza de adestramento Rosangele Riskalla e ainda de sua irmã, a amazona Vitoria Riskalla.
“Agora vou levar minhas duas montarias, o Don Henrico e o Don Frederic, para o Internacional de Hartpury na Inglaterra, entre 7 e 11/7, onde estarão todos os juízes que vão julgar a Paralimipíada de Tóquio, com excessão de uma juíza australiana”, adianta Rodolpho, atual nº 2 do ranking mundial Grau IV e nº 9 no ranking geral, duas vezes vice-campeão mundial em 2018 e forte candidato a medalha nos Jogos de Tóquio.
Os Jogos de Tóquio serão entre 24 de agosto e 5 de setembro e a corrida pelas medalhas no Adestramento Paraquestre será entre 26 e 30/8. No Adestramento Paraquestre as disputas são divididas em cinco graus – I, II, III, IV e V – grau de dificuldade crescente de acordo com a avaliação / classificação funcional da deficiência do atleta.
Rodolpho, hoje com 37 anos, pratica adestramento desde a infância e aderiu ao adestramento paraequestre no início de 2016, seis meses após a perda da parte inferior das duas pernas, da mão direita e de um dedo da mão esquerda em decorrência de meningite. Menos de um ano depois, defendeu o país nos Jogos Paralímpicos Rio 2016 e, em 2018, foi o melhor brasileiro nos Jogos Equestres Mundiais 2018, nos EUA, conquistando duas medalhas de prata no adestramento paraquestre.
O cavaleiro residia na França havia cerca de 10 anos e no fim de 2020 mudou para a Alemanha, onde conta com três cavalos a sua disposição. Além do adestramento paraquestre, Rodolpho compete com sucesso em provas de adestramento.
Fonte: Agência Brasil / Confederação Brasileira de Hipismo (CBH)