Judô brasileiro disputa o Grand Slam de Kazan, na Rússia, a partir desta quarta, 05.05

Após dez dias de preparação no camping promovido pela CBJ em Pindamonhangaba, a seleção brasileira de judô disputará, na Rússia, a partir desta quarta-feira, 05.05, o Grand Slam de Kazan, penúltima etapa do circuito mundial classificatória para Tóquio 2020. A última será o Mundial, em junho. Em jogo, mil pontos da medalha de ouro que podem valer muito na corrida por uma vaga olímpica para os 19 brasileiros.

No primeiro dia de competição, o Brasil terá sete atletas no tatame da Tatneft Arena: Eric Takabatake (60kg/ECP), Daniel Cargnin (66kg/Sogipa), Willian Lima (66kg/ECP), Gabriela Chibana (48kg/ECP), Nathália Brígida (48kg/Sogipa), Jéssica Pereira (57kg/Reação) e Ketelyn Nascimento (57kg/ECP).

Takabatake, Cargnin e Chibana são os melhores ranqueados em suas respectivas categorias e já estão na zona de classificação para Tóquio. Já Ketelyn, Jéssica e Nathália tentam buscar os pontos necessários para subir no ranking e entrar na zona de classificação.

“Uma competição na Europa é um nível técnico maior. A minha expectativa é boa, principalmente por essa preparação que fiz em Pinda, bem voltada para a competição. O objetivo é, realmente, chegar nos blocos finais e medalhar para aumentar os pontos no ranking e conseguir a vaga”, projeta Nathália Brígida, que voltou a competir em alto nível no Pan-Americano de Guadalajara, em abril, conquistou um bronze e recuperou o fôlego para buscar a primeira participação olímpica.

Na quinta-feira, 06, será a vez dos judocas Eduardo Katsuhiro Barbosa (73kg/Paineiras), Eduardo Yudy Santos (81kg/ECP), Alexia Castilhos (63kg/Sogipa), Ketleyn Quadros (63kg/Sogipa) e Maria Portela (70kg/Sogipa), todos já dentro da zona de ranqueamento olímpico. Na disputa do 63kg, Quadros tem vantagem de aproximadamente 1000 pontos sobre Castilhos.

Por fim, na sexta-feira, 07, Kazan terá as disputas mais acirradas pelas vagas olímpicas da seleção. O único “confortável” neste dia será Rafael Macedo (90kg/Sogipa), que já está na zona de ranqueamento olímpico e não tem concorrência nacional pela vaga. Nos pesos até 100kg, +100kg e +78kg a briga segue justa entre Maria Suelen Altheman (+78kg/ECP), Beatriz Souza (+78kg/ECP), Rafael Buzacarini (100kg/Paineiras), Leonardo Gonçalves (100kg/Sogipa), Rafael Silva (+100kg/ECP) e David Moura (+100kg/Reação). Todos estão na zona de ranqueamento olímpico e caberá à CBJ, baseada nos critérios de convocação, confirmar os donos das vagas. Só vai um por país em cada categoria.

Experiência e vivência

Na preparação final para o Grand Slam de Kazan, a seleção contou com o suporte técnico de um dos maiores judocas do Brasil, o medalhista de bronze em Atenas 2004, Flavio Canto. Especialista nas técnicas de solo, Canto treinou com os judocas em Pindamonhangaba durante a última semana e compartilhou seu conhecimento e experiência com os atletas.

“A gente viveu um ano muito difícil de pandemia e, nesse sentido, a gente ficou distante dos europeus, que treinam com frequência juntos. A gente está correndo atrás desse tempo distante do judô mais parecido com o que a gente pega lá fora. E, quando a gente junta o melhor do Brasil no mesmo treino, é uma oportunidade de se aproximar desse estilo de luta que a gente está distante muito tempo em treinamento por causa da pandemia”, avaliou Flavio, evidenciando a importância do treinamento de campo na preparação para o Grand Slam de Kazan. “Foi um treinaço. O pessoal deixou o coração no tatame mesmo. Fiquei muito feliz de ver o nível de treino, de comprometimento. Acho que o caminho é esse.”

Além dele, já participaram dos camping da CBJ outros grandes nomes do judô, como João Derly, Soraia André, Leandro Guilheiro e Luciano Corrêa. A iniciativa de aproximar da equipe os grandes ídolos do judô nacional busca inspirar e motivar os judocas ainda mais na reta final rumo a Tóquio.

Fonte: Confederação Brasileira de Judô (CBJ)

 




    Receba nossa Newsletter gratuitamente


    Digite a palavra e tecle Enter.