Museu Mariano Procópio inicia restauro de peças dos séculos 18 e 19

O Museu Mariano Procópio, gerenciado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) iniciou, nesta semana, o restauro de um conjunto de 17 peças de seu acervo de arte sacra. Os trabalhos começaram com um oratório azul, em madeira com douramentos e se estenderão para outros nove oratórios e sete lanternas de procissão.

O investimento médio é de R$ 104 mil, custeado pelo Ministério do Turismo, por emenda parlamentar, e com intermédio do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram). Executadas por técnicos de uma empresa de São João del-Rei (MG), que venceu a licitação realizada em 2020, as intervenções devem ser concluídas no prazo de seis meses.

O diretor do museu, Antônio Carlos Duarte, explica que as peças datam dos séculos 18 e 19, e que o restauro acontece em um ateliê montado no prédio administrativo da instituição (Rua Dom Pedro II, 350, Bairro Mariano Procópio), com acompanhamento de técnicos do museu.

Conforme o diretor, as peças passarão por diferentes etapas, como limpeza geral, remoção de camadas de repintura, fixação de pintura em descolamento, contenção de rachaduras, aplicação de verniz protetor, além de relatório técnico e documentação fotográfica, entre outras.

Sobre o primeiro oratório a passar pelo restauro, Duarte observa que se trata de um trabalho típico dos séculos 18 e 19, período fortemente marcado pela religiosidade. “No período, era muito comum a produção de oratórios grandiosos para sacristias de igrejas e também para residências. Dentro das casas senhoriais, eles funcionavam como pequenas capelas, pontos de oração ou celebração que reuniam as famílias.”

Primeiro museu de Minas Gerais, o Mariano Procópio tem um acervo com cerca de 55 mil peças. A marca da coleção, doada à municipalidade por Alfredo Ferreira Lage, é o ecletismo. “Temos peças dos mais diversos segmentos: numismática, mobiliário, tecidos, prataria, armas, pinturas, livros raros, fotografias e antiguidades, entre muitas outras. Devido à importância e à grandiosidade, o desafio de manter essa coleção é enorme, com custo bastante elevado.”

O diretor destaca que, apesar das dificuldades de captação de recursos, o espaço vem mantendo uma atuação continuada no sentido de preservar o acervo. “Aqui caminhamos por etapas. Vamos buscando convênios, parcerias, para garantir a permanente manutenção dos prédios e da coleção, tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Também investimos na educação patrimonial, desenvolvendo um trabalho pedagógico, buscando permitir que as pessoas conheçam e valorizem essa coleção tão valiosa.”

Fonte: Assessoria




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