Em reunião extraordinária realizada na quarta-feira (20), o Conselho Universitário (Consu), discutiu sobre a situação orçamentária da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). No encontro, foi abordado que o orçamento da instituição teve corte de 18% em seus recursos para ações de manutenção e funcionamento. A situação se agravou por conta da perda de receitas, ocasionada pela pandemia do Coronavírus.
Participaram da reunião os Diretores de unidades acadêmicas e administrativas, entidades representativas e outros conselheiros, os quais receberam informações referentes à execução orçamentária de 2020. Além disso, a Pró-Reitoria de Planejamento (Proplan), apresentou estudos e cenários possíveis, levando em conta a tramitação do Orçamento de 2021 no Congresso Nacional. Todos os cenários estimam déficit para este ano.
Foi abordada também a situação dos trabalhadores terceirizados, tendo como base as restrições orçamentárias, a suspensão das atividades presenciais e o novo contrato com empresa prestadora de serviços licitada. Diante disso, os Diretores e gestores irão elaborar estudos em suas respectivas unidades, visando o planejamento da efetiva demanda por servidores terceirizados, em regime de Ensino Remoto Emergencial (ERE) e com o retorno das atividades presenciais, a partir do momento em que as condições epidemiológicas e sanitárias permitirem.
Inclusive, a Comissão de Acompanhamento Orçamentário da UFJF, presidida pela Proplan, irá fazer uma análise do cenário financeiro, no qual passará por deliberação do Consu a partir do mês de março.
Muitos conselheiros presentes na reunião, manifestaram suas preocupações perante ao atual momento financeiro de restrições e destacam a importância de defender a oferta do ensino superior público, gratuito e de qualidade, oferecido pela instituição. Os representantes de entidades sindicais reforçam a luta contra a precarização e pelas condições de trabalho de servidores, professores e trabalhadores terceirizados.
Dentre as entidades presentes na reunião, a Pró-Reitoria de Apoio Estudantil (Proae) definiu como grave a situação atual e relembra que o cenário é vivido há muito tempo por diferentes instituições de ensino, tendo sido postergado na UFJF pelo trabalho da equipe de planejamento e gestão.