Após a eleição da nova Mesa Diretora, os 19 vereadores empossaram no último sábado (2), a professora universitária Margarida Salomão (PT) e o empresário Kennedy Ribeiro (PV) como prefeita e vice-prefeito de Juiz de Fora pelos próximos quatro anos. A posse foi transmitida pela JFTV Câmara e, devido às restrições sanitárias determinadas pela pandemia, contou apenas com a presença dos vereadores, servidores da Câmara, autoridades do Executivo e, representando o Judiciário, o Juiz de Direito Edir Guerson de Medeiros.
Margarida e Kennedy prometeram “manter, defender e cumprir a Lei Orgânica Municipal, observar as leis da União e do Estado, promover o bem geral dos munícipes e exercer o cargo sob inspiração da democracia, da legitimidade e da legalidade” e em seu primeiro discurso como prefeita, ela prestou solidariedade às famílias das vítimas da pandemia. “Eu quero, neste momento de tanta alegria, em que se inaugura um novo ano, um novo Governo, uma nova Legislatura, pedir licença para reconhecer a tristeza que nos envolve: nossa cidade pranteia 504 óbitos pela COVID-19 até o dia 31 de dezembro. Quero reverenciar a memória de todas essas pessoas, manifestar como prefeita a solidariedade do município à dor de seus familiares, e reiterar que continuamos a enfrentar uma situação sanitária muito grave”, declarou.
“É neste contexto, de agravada dificuldade, que me torno prefeita. A primeira mulher na história da cidade a desempenhar essa honradíssima função. A primeira, espero eu, de muitas que me sucederão e que poderão contribuir com o município com a riqueza das suas lutas e das suas histórias. E eu trago comigo as dores e as descobertas no desbravamento deste caminho que me tornou também a primeira mulher reitora da Universidade Federal de Juiz de Fora e a primeira mulher eleita deputada federal em Juiz de Fora”, lembrando que a participação das mulheres na vida pública foi conquistada recentemente, há menos de um século.
Margarida agradeceu o apoio recebido pela militância e lembrou que é a primeira vez que o Partido dos Trabalhadores (PT) vai administrar a cidade. “O legado petista de gestões municipais inovadoras, internacionalmente reconhecidas, como são os casos de Porto Alegre, São Paulo, Fortaleza, Belo Horizonte, inspirou fortemente o nosso programa de governo”, resgatando a ideia da cidade onde tudo é para todos, com prioridade para a inclusão social, sustentabilidade ambiental, novas oportunidades de trabalho e renda, expansão da riqueza do município no padrão contemporâneo da economia do conhecimento.
A prefeita trouxe à Câmara um projeto de lei que busca ajustar alguns cargos no Executivo e anunciou que o novo governo já começa a administração com medidas urgentes em três frentes. “Primeiro é o Plano Municipal de Imunização contra a COVID, a vacinação a ser implementada com a máxima brevidade. Outra coisa que vamos fazer é um choque de zeladoria na nossa infraestrutura urbana, isso que nós estamos chamando de Projeto Boniteza” citando os estragos causados pela chuva, e “a terceira grande ação emergencial é a ação de combate à fome. Pelos dados que levantamos, tanto públicos como de entidades assistenciais e religiosas, há mais de 18 mil famílias na cidade passando fome e isso é uma emergência eticamente intolerável”, desabafou.
Margarida lembrou o desafio de restabelecer a confiança popular na esfera pública. “Vencer a desesperança e o desalento é uma postura política que eu entendo que deva ser fundada em quatro eixos: ética e transparência; participação da sociedade na tomada das decisões; austeridade do governo nas suas ações e na sua representação; o impacto das políticas públicas na vida das pessoas”, citando ser essa a tarefa para qual estão convocados todos os democratas. “A cidade na eleição de 2020 escolheu o sonho de escrever uma nova história. É nosso dever com humildade cumprir essa tarefa”, finalizou.
Fonte: Assessoria