O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que mede a variação de preços de produtos na saída das fábricas brasileiras, registrou inflação de 3,22% em julho deste ano. Essa é a maior taxa de inflação mensal registrada desde o início da pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2014.
Em junho deste ano, a taxa havia ficado em 0,60%. Em julho do ano passado, foi registrada deflação (queda de preços) de 1,20%. O IPP acumula taxas de 7,28% no ano e de 11,13% em 12 meses.
Em julho, 21 das 24 atividades pesquisadas pelo IBGE tiveram altas de preços, com destaques para alimentos (3,69%), refino de petróleo e produtos de álcool (11,65%) e indústrias extrativas (14,46%).
“Nos alimentos, os fatores foram o câmbio, com depreciação do real, e especificamente alguns detalhes. No caso do açúcar, houve uma demanda externa. No caso da carne de frango, uma maior demanda interna conjugada com aumento do custo tanto do milho quanto do farelo de soja. No caso dos derivados de soja, houve uma demanda maior pelo óleo de soja como matéria-prima em biocombustíveis”, disse o pesquisador do IBGE Alexandre Brandão.
Por outro lado, três atividades tiveram queda de preços (deflação) no mês: calçados e couro (-0,94%), têxteis (-0,45%) e máquinas e equipamentos (-0,10%).
Analisando-se as quatro grandes categorias econômicas da indústria, a maior alta de preços em julho foi observada nos bens intermediários, isto é, os insumos industrializados usados no setor produtivo (4,19%). Os demais segmentos tiveram as seguintes taxas de inflação: bens de capital, isto é, as máquinas e equipamentos usados no setor produtivo (1,34%), bens de consumo semi e não duráveis (2,52%) e bens de consumo duráveis (0,97%).
Fonte: Agência Brasil