Morreu no último sábado (22) aos 85 anos, um dos grandes nomes da Ginástica Rítmica brasileira, Daisy Barros, vítima de Covid-19. Ela estava internada no hospital Casa São Bernardo, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, desde o último dia 3 deste mês, sofreu uma queda na escada externa de sua residência e teve fraturas em um dos braços e na cabeça. Dias após o incidente, durante sua fase de recuperação da cirurgia, seu estado piorou por conta do Coronavírus. O corpo foi cremado no domingo (23).
Daisy foi a primeira atleta de Ginástica Rítmica a representar o Brasil em mundiais. A façanha foi feita em sua terceira edição, sediada em Copenhague, capital da Dinamarca, no ano de 1967. Como treinadora da Seleção Brasileira, alcançou diversos resultados expressivos: sob sua batuta, o conjunto do País obteve a sétima colocação no Mundial de Madri, em 1975.
Além disso, ajudou diversas atletas da modalidade a conquistarem diversos triunfos em momentos históricos. Dentre as ginastas auxiliadas por Deisy, estão: Clarice Lopes campeã na Copa dos 4 Continentes, no Rio de Janeiro, em 1981; Fernanda Gomes finalista da mesma competição no Egito, em 1994; Françoise Biot campeã no aparelho corda no Pan-Americano de Ginástica de 1990, entre muitas outras.
Além dessa atuação junto aos tablados, Daisy contribuiu também de forma determinante nos bastidores. Ao lado do professor Félix D’Avila, que ocupava cargo no Ministério da Educação, teve papel fundamental para a inclusão da Ginástica Rítmica nos Jogos Escolares Brasileiros.
Em nota, a presidente da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Maria Luciene Cacho Resende, lamentou: “Daisy Barros ofereceu sua vida à ginástica rítmica, dando contribuição fundamental para que muitas brasileiras praticassem essa modalidade maravilhosa. De forma singela queremos aqui deixar nosso reconhecimento e nos solidarizar com a família pela perda dessa grande pessoa”.