O combate à pandemia da covid-19 em comunidades indígenas das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste já recebeu cerca de R$ 70 milhões, informa a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde.
Segundo nota divulgada pela secretaria, 750 mil indígenas de 305 etnias, distribuídos entre 6 mil aldeias, foram beneficiados por atendimento médico gratuito, cestas de alimentos, equipamentos de proteção individual (EPIs), insumos, orientação e palestras sobre higiene, desinfecção e medidas sanitárias para evitar o contágio pelo novo coronavírus.
“Estamos trabalhando firme para atender toda a população indígena neste momento com assistência de qualidade, revendo procedimentos, melhorando as questões de saneamento e atendimento à saúde básica de cada indígena brasileiro”, informou Robson Santos Silas, secretário de Saúde Indígena do Ministério da Saúde.
Segundo Silas, o trabalho evitou que a pandemia chegasse, por exemplo, ao Vale do Jequitinhonha – região situada na divisa norte de Minas Gerais com o Espírito Santo, considerada uma das mais carentes do Brasil. “Graças a Deus aqui, no nosso município, não apresentamos quadro nenhum diante da pandemia”, informou a liderança indígena Ivan Pakararu, cacique da Aldeia Cinta-Vermelha, situada no Vale do Jequitinhonha.
Profissionais de saúde
A Sesai conta com 14,2 mil profissionais em atuação durante a pandemia. Destes, 60% têm origens indígenas e trabalham diretamente nas ações de proteção às suas comunidades. A secretaria informa, ainda, que 150 leitos leitos exclusivos para o tratamento de pessoas indígenas foram criados em hospitais públicos dos estados do Amazonas, Amapá, Pará e de Roraima.
Fonte: Agência Brasil