A pesquisa feito pelo grupo de modelagem epidemiológica do Covid-19, formado por pesquisadores da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), aponta que as regiões norte e central da cidade, têm o maior número de casos notificados do Coronavírus.
Conforme a pesquisa, os principais fluxos assistenciais foram para os hospitais (atendimento de plantão e internações), unidades públicas de urgência e unidades básicas de saúde (UBS). Além disso, o levantamento aponta que os moradores de regiões avaliadas como média e baixa vulnerabilidade social foram notificados principalmente em unidades hospitalares, enquanto os de regiões de alta vulnerabilidade social, em UBS.
Segundo a pesquisadora Isabel Gonçalves Leite, a distância entre os residentes de regiões de alta vulnerabilidade e hospitais, é longa. Diante disso, os moradores procuram UBS:
“Por conta do curto tempo de deslocamento entre a residência das pessoas e as UBS, é nessas unidades que deveria ter monitoramento de sintomáticos respiratórios, esclarecimento de dúvidas e informações sobre prevenção.”
Além disso, o levantamento feito para a elaboração da pesquisa, utiliza os boletins epidemiológicos desde o mês de maio, e durante este período, os bairros que apresentaram mais casos no período são Centro, São Mateus, Benfica, Santa Cruz, Santa Luzia, São Pedro, Barbosa Lage, Ipiranga, Vale dos Bandeirantes, Francisco Bernardino, Progresso, Granbery e Bom Pastor.
Aumento de novos casos e mortes no município
A pesquisa mostra que os números de casos e mortes confirmadas, tanto em Minas Gerais quanto em Juiz de Fora, vem crescendo desde o início da epidemia da doença.
A previsão de ocorrências confirmadas de Covid-19 para o dia 16 de junho aumentou de 874 para 967, podendo chegar a 1.100 no dia 23 de junho. Os pesquisadores também observam a queda no isolamento social e ascensão da curva de crescimento diário de confirmados e do número de óbitos. De acordo com a nota técnica, a estimativa do tempo para duplicação do número de casos em Juiz de Fora tem variado em torno de 30 dias.
Boletim
Quando ao boletim epidemiológico semanal, a pesquisa mostra que a taxa de crescimento da curva referente a casos confirmados, apresentou pouca diferença em relação à última semana, passando de 2,8% para 2,1%.
No entanto, o boletim destaca que, por causa da subnotificação e a falta de testagem em massa, as estimativas feitas a partir dos dados confirmados não representam o estado real da epidemia.