O Brasil tem a possibilidade de ter mais cinco mesatenistas classificados para os Jogos Paralímpicos de 2021, em Tóquio. Com a divulgação do Manual de Classificação, atualizando critérios de qualificação para os torneios de tênis de mesa, ficou determinado que os melhores de cada continente no ranking mundial de abril terão vaga direta garantida, desde que não tenha sido realizado o torneio continental individual de suas classes (Parapan).
No caso, Bruna Alexandre (F10), Cátia Oliveira (F2) e Lethícia Lacerda (F8) são as melhores das Américas em suas classes. Além disso, os atletas que estão entre os primeiros em determinadas classes carimbaram os passaportes. Na M7, os sete primeiros estão qualificados (Israel Stroh é o sexto), enquanto na M3, os dez primeiros garantem presença (Welder Knaf é o nono). A divulgação da lista final será no dia 30 de junho.
“É incrível. Desde que comecei no esporte paralímpico meu sonho era participar de uma Paralímpiada, e agora que isso está perto de ser oficial, me dá uma felicidade tremenda! Agora vou sonhar mais alto, com uma medalha. Nunca imaginei ir tão longe em tão pouco tempo, meu peito está realmente cheio de orgulho. O melhor é que vou poder estar lá ao lado da minha mãe, com certeza vai ser surreal”, afirma Lethícia Lacerda, de 17 anos, filha da ex-mesatenista Jane Karla (que deve disputar os Jogos pelo tiro com arco).
Outros cinco brasileiros já estavam garantidos, por terem conquistado o ouro individual no Parapan de Lima: Joyce Oliveira (F4), Danielle Rauen (F9), Paulo Salmin (M7), Luiz Manara (M8) e Carlos Carbinatti (M10).
Com isso, ao menos dez atletas estarão buscando medalhas no tênis de mesa. O número ainda pode aumentar, já que outros atletas buscam vagas pela Seletiva, que ainda não foi remarcada pela Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF), e deve ocorrer somente no ano que vem.
A Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) já tem um planejamento estabelecido para os atletas com vagas garantidas e os que ainda brigam por vagas, além de um trabalho especial para os atletas com reais chances de medalhas em Tóquio.
Mesmo entre os mais experientes, a classificação para Tóquio mexe com a emoção. Israel Stroh, medalhista de prata na Rio 2016, era outro muito feliz com a vaga: “É engraçado, porque mesmo sendo algo praticamente confirmado e com riscos irrelevantes, a confirmação fez o coração bater mais forte. Confesso que isso me fez muito bem pelo tempo em que passamos. Andava sem disposição para as atividades físicas de casa e essa notícia me deu uma animada forte. Com certeza vai fazer eu me reapresentar melhor”.
Fonte: Assessoria