O governador Romeu Zema anunciou, nesta quarta-feira (20), a liberação de mais 288 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Com esse incremento, já são 656 leitos reativados em todas as regiões mineiras, totalizando 2.669 leitos de UTI na rede SUS estadual. Dessa forma, o Estado dá mais um passo importante no enfrentamento à pandemia, preparando-se para uma eventual inclinação da curva do número de infectados.
De acordo com Zema, a expansão é fruto do mapeamento dos leitos de UTI desativados em toda rede hospitalar do estado, ou leitos de UTI em que faltavam equipamentos. “Apesar de estarmos com a pandemia bem controlada em Minas, é sempre prudente se preparar para uma situação mais grave”, alertou.
Desde o momento em que foi confirmada a transmissão comunitária do coronavírus em Minas Gerais, o Estado tem tomado medidas visando à maior estruturação da rede de Saúde, com a ampliação dos leitos hospitalares. Minas contava, em fevereiro, com 2.013 leitos de UTI no SUSFácilMG, programa estadual para regulação do acesso aos leitos.
Com o esforço conjunto, organizado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) junto aos municípios, com apoio e recursos da iniciativa privada e também municipais, estadual e federal, foram agregados, na primeira quinzena de abril, 50 leitos à Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig).
Também em abril, outros 368 foram disponibilizados em hospitais prestadores de serviços ao SUS. Com o incremento anunciado hoje, Minas conta atualmente com 2.669 leitos de terapia intensiva na rede SUS estadual. Os 656 liberados representam 24,5% deste total.
Hospital de Campanha
A equipe técnica em gestão de Saúde do Estado de Minas Gerais avalia que, no momento, não há indicação ou necessidade de implantar novos leitos, uma vez que o Hospital de Campanha, estruturado para o enfrentamento ao coronavírus, funciona como uma reserva técnica para o sistema público de Saúde.
Montado no Expominas, em Belo Horizonte, o Hospital de Campanha conta com 768 leitos, sendo 740 de enfermaria e 28 de estabilização. A estrutura teve um custo de R$ 5,3 milhões – 80% deste valor foi doado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
Minas ocupa a segunda posição entre os estados com os menores índices de mortes por coronavírus, atrás apenas do Mato Grosso do Sul. De acordo com o boletim epidemiológico desta quarta-feira (20/5), o estado registrou 5.286 casos confirmados e 177 óbitos.
Fonte: Agência Minas