Arnaldo Niskier

Para o Almirante Carlos Gamboa, que falou no Conselho Técnico da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo, “as escolas militares do Brasil são verdadeiras ilhas de excelência.”

Ele elogiou os 13 colégios militares existentes no país e demonstrou muita esperança nos três outros anunciados pelo governo federal: “Homens e mulheres se formam igualmente e neles as aulas são muito interativas, o ensino militar sendo  compreendido como investimento e não como gasto.”

Ao  citar a “rosa das virtudes”, o Almirante  Gamboa elogiou algumas das qualidades que são comuns especialmente na Escola Naval: honra – ordem – lealdade – cooperação – espírito de sacrifício – coragem – decisão – tenacidade – abnegação – disciplina – patriotismo – zelo – fidelidade – fogo sagrado – espírito militar etc.  São fatores que, somados, fazem a diferença.

A qualidade do ensino militar, hoje, era do 5G, está na dependência dos avanços tecnológicos.  Cada força singular tem uma lei que a regula e o serviço militar está fora do sistema, que conta com instituições notáveis como o Instituto Militar de Engenharia e o famoso ITA(Instituto Tecnológico da  Aeronáutica).  Ao se estranhar que a Marinha do Brasil não conte com organismo semelhante, o  Almirante Gamboa afirmou que isso se deve à falta de recursos: “Mas temos um excelente acordo com a Universidade de São Paulo, onde são formados os nossos engenheiros navais.  Antes, as nossas ligações eram com  o  Massachussets Institute of Technology, mas ficou impraticável sustentar dezenas de profissionais nos Estados Unidos.  Tudo se resume a uma questão de verba.”

Assim, foi abordada a questão da construção do nosso submarino nuclear.  Deverá estar em funcionamento até o ano de 2.026.

Na parte de perguntas, estranhamos a extinção de uma excelente iniciativa, que foi o Centro de Instrução de Oficiais da Reserva da Marinha, o

CIORM.  Na   ilha das Enxadas, passaram personalidades de relevo, como diversos ex-ministros (Mário Henrique Simonsen foi um deles) e isso sempre foi de extrema serventia para aquela força singular.  Embora o assunto não tenha merecido o devido esclarecimento, sempre se supõe que a causa seja a mesma de sempre:  falta de recursos.  Vale a pena referir que 70% dos quadros da  Marinha do Brasil estão no Rio de Janeiro.  E outro detalhe de relevo, como comentamos recentemente com o  Ministro Ilques Barbosa Jr.:  o Centro de Instrução Almirante Wandenkok, na citada ilha das Enxadas, forma 700 profissionais por ano, com especializações que são essenciais ao nosso desenvolvimento.

Na aplaudida conferência do Almirante Gamboa, houve referência à Escola Superior de Guerra, à Escola de Guerra Naval, à Escola de Comando e Estado-Maior do Exército(Eceme), ao Colégio Naval (em Angra dos Reis) e à Escola Naval, onde tudo se faz com “asseio e boas maneiras”,  como é próprio do ensino militar.




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