A partir da próxima terça-feira, 28 de maio, começa a valer o reajuste nas tarifas de energia elétrica dos clientes residenciais da Cemig Distribuição. O reajuste de 6,93% para consumidores foi aprovado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Conforme a Cemig, a empresa atende diretamente a mais de 8,4 milhões de clientes e o processo de reajuste trata apenas da empresa de distribuição, e, portanto, não engloba as usinas, linhas e subestações de transmissão ou outras atividades do Grupo Cemig.
A decisão de reajuste para os consumidores da Cemig aconteceu nessa terça-feira, 21, durante reunião da diretoria. Segundo a empresa, do valor cobrado na tarifa, apenas 22% ficam na Cemig Distribuição e sãodestinados a remunerar o investimento, cobrir a depreciação dos ativos e outros custos da empresa. Os demais 78% são utilizados para cobrir encargos setoriais (13%), tributos (30%), energia comprada (29%) e encargos de transmissão (6%). Conforme estabelece a legislação do setor elétrico, a definição das tarifas das distribuidoras, bem como os processos de reajustes tarifários anuais e revisões tarifárias, são gerenciados pelo órgão regulador do sistema elétrico e previstos nos contratos de distribuição.
Escassez de chuvas influenciou decisão
Ainda de acordo com a Cemig, o que mais influenciou a decisão da Aneel para esse aumento foi a escassez de chuvas no último ano, quando as usinas termelétricas, que são mais caras para produzir energia, foram acionadas constantemente em quase todo o segundo semestre. De acordo com o gerente de Tarifas da Cemig, Giordano Bruno Braz de Pinho Matos, a empresa teve uma despesa adicional de R$ 1,5 bilhão para comprar energia até fevereiro deste ano, para garantir o fornecimento aos clientes mineiros. “Apesar do alto custo de produção de energia, as usinas termelétricas são essenciais para garantir o fornecimento dos consumidores em períodos de escassez de chuva, que têm predominado no Brasil nos últimos anos”, acrescenta.
Conforme o gerente, o consumidor vai perceber o reajuste total a partir da fatura de junho e que possuem vencimento em julho. “As datas de leitura das contas de energia são distribuídas ao longo do mês. Assim, em junho, os consumidores pagarão uma parte do consumo ocorrido antes de 28 de maio, ainda conforme a tarifa antiga, e a outra parcela do consumo já com o reajuste da tarifa”, explicou.
Investimentos na rede de distribuição em 2019
Segundo a empresa, foram investidos R$ 167,5 milhões no sistema elétrico mineiro somente nos três primeiros meses de 2019, conforme informações do balanço da companhia, divulgado recentemente. Até o fim do ano, a previsão da companhia é de que os recursos para melhoria da rede elétrica na área de concessão superem R$ 1 bilhão, o que reflete na qualidade e na segurança do serviço prestado.