Descarte irregular de lixo é um dos maiores problemas no combate à dengue

Apenas no primeiro trimestre deste ano, por meio do trabalho da “Sala de Operações da Dengue” e do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) realizou mais de 60 limpezas em locais de descarte irregular espalhados pela cidade, conhecidos como bota-fora. Só em janeiro, foram recolhidas 912 toneladas de lixo nesses espaços, seguidas por 812 em fevereiro, e 890 em março. O montante ultrapassa duas mil toneladas e meia.

Cerca de dez servidores são deslocados para realizar a limpeza e o recolhimento de lixo nesses pontos, sendo também necessário utilizar caminhão e, em determinadas situações, máquina retroescavadeira. O diretor operacional do Demlurb, Tiago Rocha, explica que, por vezes, é preciso limpar um mesmo bota-fora em um curto espaço de tempo. “Esse retrabalho gera um custo para a máquina pública. Mas, mais do que isso, nós deixamos de estar em outros lugares para refazer esse serviço”, ressalta.

O lixo descartado de forma irregular propicia a proliferação de animais nocivos e transmissores de doenças, como ratos, escorpiões e caramujos, pode entupir bueiros e provocar mau cheiro no entorno. Além disso, os resíduos afetam diretamente a saúde da população, servindo de criadouro para o Aedes aegypti e, por consequência, aumentando a proliferação dos casos de dengue no município.

De acordo com a gerente do Departamento de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Dvea), Cecília Kosmann, a PJF tem trabalhado com ações de conscientização da população, por meio do Setor de Educação em Saúde e também com trabalho de campo, fazendo vistoria em residências, comércio, casa de acumuladores e demais demandas que chegam até a “Sala de operações” pelo 199 ou pelo Colab.

Apesar desse trabalho, ela salienta que é preciso que a população se engaje e trabalhe em conjunto com o poder público no combate ao vetor. “O Aedes aegypti é extremamente adaptado às condições criadas pelo homem e pode completar seu ciclo em pequenos reservatórios de água como, por exemplo, em tampinhas de garrafa. Todos devem estar sempre vigilantes e usar os dez minutos semanais para cuidar do seu imóvel. Somente com esta parceria podemos vencer a guerra contra o mosquito”, enfatiza Kosmann.

 

Descarte irregular é passível de multa

O Código de Posturas do Município proíbe qualquer ação que provoque sujeira ou prejuízo à qualidade dos espaços públicos e prevê punições para essas infrações. Caso os responsáveis por descarte irregular sejam flagrados pela fiscalização, serão autuados. A infração é considerada gravíssima, com multa de R$ 4.695,62. As denúncias podem ser feitas nas regionais de fiscalização de Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur), pelos telefones:

Centro 1: 3690-7709

Centro 2: 3690-8379

Sul: 3690-8304

Sudeste: 3690-8377

Leste: 2104-8402

Oeste: 3690-8288

Norte: 3690-7927

Fonte: PJF




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