Chicago: Um caso de amor à primeira vista

Esqueceram de Mim, Curtindo a Vida Adoidado, Inimigos Públicos, Os Intocáveis, O Casamento do Meu Melhor Amigo e Batman. Você sabe me dizer o que estes filmes têm em comum? Além de serem excelentes opções para uma noite regada a pipoca e refrigerante, eles foram gravados em Chicago, cidade que está situada no estado de Ilinóis. Ela é a terceira mais populosa dos Estados Unidos, com 2,7 milhões de pessoas (fica atrás apenas de Nova Iorque e Los Angeles) e mescla uma estrutura arquitetônica incrível e diversas belezas naturais.

A cidade é repleta de atrações de todos os tipos. Por exemplo, para os amantes da gastronomia, Chicago oferece uma variedade superior a 7 mil restaurantes (inclusive, eles possuem um tipo diferente de pizza, a “deep-dish”). Há tanta diversidade que foi criado o “Underground Donut Tour”, um roteiro desenvolvido exclusivamente para levar os turistas em lojas especializadas nas famosas rosquinhas americanas (será que o Homer Simpson sabe disso?). Para os amantes da natureza há passeios pelo Lake Michigan, Lincoln Park Zoo, Grant Park, Shedd Aquarium, Lakefront Trail e Navy Pier.

Visitantes se divertindo na Crown Fountain no verão de Chicago. Foto: Millennium Park Foundation

A parte das artes é privilegiada, pois além do renomado Art Institute of Chicago (com suas mais de 300 mil obras de arte), há o Field Museum (há o fóssil de um Tiranossauro Rex lá!), o Museum of Science and Industry (é possível você criar e testar seu protótipo) e ainda há obras de artistas em diversos pontos da cidade, incluindo o Cloud Gate (O Feijão, como também é conhecido) de Anish Kapoor; a obra “Agora”, de Magdalena Abakanowicz; a Crown Fountain, projetado por Jaume Plensa; a escultura Chicago Picasso, de Pablo Picasso, bem como o Chicago Theatre, teatro que data de 1921 e foi o primeiro grande palácio de cinema da América.

Esqueleto do dinossauro foi descoberto em 1990 por Sue Hendrickson. Foto: Field Museum

Mas antes de comprar as passagens, fazer as malas e o seu roteiro de viagem, um importante ponto a se considerar está relacionado ao clima. Chicago, no inverno (que acontece de dezembro a março), pode ter dias de muito frio. Por exemplo, os termômetros marcaram nos últimos dias de janeiro deste ano temperaturas de até -30°, com a sensação térmica de -45°. É de congelar os ossos! E ainda há vários dias consecutivos de neve, o que pode frustrar muitos planos. Assim, o ideal seria viajar no período da primeira/verão, entre os meses de março e setembro, que oferecem um clima mais ameno (ao menos para nós, brasileiros). Há ainda outros pontos a se considerar: no inverno, o sol se põe entre 16h e 17h, enquanto no verão há chances de ter luminosidade até depois das 20h; em junho, é possível aproveitar as atividades a céu aberto até por volta das 21h. Outro fator negativo de viajar fora do período de alta temporada é que algumas atrações são sazonais e outras têm redução das horas de atendimento ao público. Ou seja, menos tempo de diversão.

E se o papo é sobre atividades ao ar livre, é importante destacar que Chicago recebe uma grande variedade de festivais, especialmente nos meses mais quentes do ano (com -30° é difícil ficar com a cara para fora de casa no inverno). Então, vamos a uma lista que abrange alguns dos principais eventos: Chicago Theatre Week, Chicago Gospel Music Festival, Chicago Blues Festival, Country Lakeshake Festival, Grant Park Music Festival, SummerDance, Taste of Chicago, Chicago Jazz Festival, Lollapalooza e World Music Festival Chicago. Com exceção do Chicago Theatre Week, do Country Lakeshake Festival e do Lollapalooza, todas as demais atrações têm entrada gratuita. Não é o máximo?

E para quem não sabe, Chicago também é conhecida por sua cultura gangster. A cidade traz em sua história um passado de atividades criminosas, especialmente entre as décadas de 1920 e 1930, período em que vigorou a Lei Seca, que tornou ilegal a fabricação, distribuição, venda, posse e o consumo de álcool nos Estados Unidos. Para contornar a situação, os criminosos passaram a comercializar as bebidas de maneira ilegal. A atuação deles era tão acirrada que havia demarcação de território para evitar guerras entre as facções. Um dos nomes mais conhecidos desta época é o do famigerado Al Capone, chefe de uma das gangs mais famosas e temidas de todos os tempos. Há passeios que retomam o período, com atores caracterizados e visitas aos espaços em que aconteceram diversos confrontos, como o que originou o “Massacre no Dias dos Namorados”.

Pose para foto no Observatório John Hancock. Foto: Arquivo Pessoal

E já que há visitas em prédios importantes do passado, nada melhor do que apreciar a arquitetura existente no presente e Chicago, com certeza, é uma das cidades mais lindas que já tive o privilégio de conhecer. Os passeios de barco são interessantes para quem deseja se aprofundar na história da cidade, especialmente sobre a questão

da arquitetura, com excelentes ângulos de visão. E alguns edifícios merecem ser visitados, como a Willis Tower, o segundo mais alto do Hemisfério Ocidental e que tem o Skydeck, um espaço todo de vidro, como uma caixa, no qual é possível observar a cidade a mais de 400 metros de altura e o 360 Chicago – John Hancock Building – que possibilita uma visão de 360° da cidade, sendo possível admirar o Lake Michigan e diversos arranha-céus. Para quem deseja investir um pouco mais, há opções como passeios de helicóptero que sobrevoam partes históricas e belas da cidade e que podem ser feitos tanto de dia, como de noite (o que não coube no meu bolso quando estive visitando a cidade). Chicago é realmente uma cidade que merece ser conhecida. Até a próxima.

Passeios pelo Lake Michigan possibilitam uma visão única da arquitetura de Chicago. Foto: Arquivo Pessoal

Texto de Jaqueline Dias: mineirinha de Juiz de Fora, apaixonada por livros, viagens, pessoas e gargalhadas! Em algum lugar do mundo e encontrando a cada esquina um novo motivo para ser feliz!




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