Serviços gratuitos de saúde marcam Dia Municipal de Conscientização da Cardiopatia Congênita

Quem passar pelo Calçadão da Rua São João, nesta terça-feira, 12, vai se deparar com algo inusitado: centenas de corações flutuantes estarão espalhados pela via numa ação especial para marcar o Dia Conscientização da Cardiopatia Congênita. A data celebrada nacionalmente, é marcada em Juiz de Fora também por força da Lei 12.120/2010, de autoria do então vereador Bruno Siqueira, que institui 12 de junho como Dia Municipal de Conscientização da Cardiopatia Congênita. O projeto de lei que instituiu a data no calendário oficial do município destaca a iniciativa como de “extrema importância”, considerando-se, principalmente, que a moléstia representa um dos defeitos congênitos mais comuns e uma das principais causas de óbitos relacionada à má formação do coração.

A iniciativa da ação de mobilização social é promovida pelo projeto “Bem Comum”, da Secretaria de Comunicação Social (SCS), da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), com apoio da Secretaria de Saúde (SS), e parceria com a Associação de Lojistas Rua São João. No local, haverá atendimentos gratuitos e orientações, além de testes básicos para avaliar a saúde do coração. Os serviços acontecem das 9h às 13 horas. A intenção é chamar a atenção para a doença que é considerada uma das mais comuns entre os brasileiros, atingindo 1 em cada 100 bebês, e mostrar que, quanto mais cedo a doença for diagnosticada, maiores serão as chances de a pessoa receber o tratamento adequado e ter uma vida normal.

Para a programação, será montada uma tenda com uma cardiologista pediátrica, enfermeiros e acadêmicos de medicina que atuam no Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente (DSCA) da SS, realizando aferição de pressão arterial e ausculta cardíaca de crianças e adultos, além de oferecer orientações importantes a pais e responsáveis. Após a realização dos exames, caso seja detectada qualquer anormalidade, será feito o encaminhamento do pequeno paciente ao atendimento especializado no Ambulatório de Cardiologia do DSCA para completo diagnóstico e tratamento. Enquanto crianças e adultos passam pelas avaliações, as atividades de recreação ficarão por conta da animadora “Miloca” e os “Doutores do Amor”.

Na maioria das cidades brasileiras, o dia 12 de junho foi escolhido intencionalmente para marcar o dia de Conscientização da Cardiopatia Congênita porque nesta mesma data se comemora o Dia dos Namorados. Desta forma, os corações utilizados em campanhas publicitárias, símbolos já expostos em todo comércio e meios de comunicação, são usados também para lembrar o problema e a importância do diagnóstico precoce, além de abordar sobre a capacitação dos profissionais envolvidos e dos exames feitos no pré-natal.

A doença

De acordo com dados do Ministério da Saúde, no Brasil a cardiopatia congênita representa cerca de 8% da mortalidade infantil. A doença é caracterizada por qualquer anormalidade apresentada na estrutura ou funcionalidade do coração. Pode ser detectada ainda na gestação ou nas primeiras 24 horas de vida. O problema decorre de alteração no desenvolvimento embrionário da estrutura cardíaca e pode levar anos para se manifestar, se não descoberto. A médica do Departamento de Saúde da Criança e do Adolescente (DSCA), Mariana Constantina, explica que, para diagnosticar a doença, o exame do oxímetro ou Teste do Coraçãozinho é feito logo nas primeiras horas de vida da criança: “O aparelho avalia as taxas de pulso, batimentos cardíacos e oxigenação sanguínea. Se for detectada alguma alteração, a criança é encaminhada para realizar o exame de ecocardiograma, que confirmará qual o tipo de problema, para que o médico oriente sobre o tratamento adequado. Em alguns casos, a criança fica totalmente curada até os 2 anos de vida, conforme o corpo e o órgão se desenvolvem. Em outros, somente a cirurgia corrige a anomalia”.

Caso a criança não tenha tido o diagnóstico precoce, a mãe pode ficar atenta a alguns sintomas, como pele arroxeada, cansaço ao mamar, falta de ar e pneumonia de repetição. O Teste do Coraçãozinho é feito em todos os hospitais de Juiz de Fora onde se realizam partos.

Fonte: Assessoria / PJF




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