PC identifica mandante e executor do homicídio de taxista no Alto Santo Antônio

A Polícia Civil (PC) apresentou na manhã dessa quinta-feira, 22, dois suspeitos de terem assassinado um taxista de 23 anos, em 27 de julho de 2017, no bairro Alto Santo Antônio, zona Sudeste. Segundo o titular da Delegacia Especializada de Homicídios (DEH), Rodrigo Rolli, “a vítima não tinha nenhum envolvimento com qualquer tipo de criminalidade e era trabalhadora. Ele foi assassinado com aproximadamente nove tiros e de acordo com as investigações e os motivos do crime estariam relacionados a ciúmes”.

Rolli explicou que o possível mandante do crime, de 32 anos, acreditava que o taxista tinha envolvimento com sua companheira, uma jovem de 22 anos. “Estando preso e condenado a 52 anos por ter cometido homicídios, tráfico de drogas e roubos no bairro Alto Santo Antônio, ele teria mandado, de dentro da prisão, a ordem para execução do taxista” esclareceu o delegado. A autoridade policial ainda apontou que ainda não está claro como a ordem saiu de dentro da Penitenciária Ariosvaldo Campos Pires, se por celular ou através de visitas, e que isso também será investigado.

Após o envio da ordem de execução, um jovem de 18 anos, também envolvido com outros crimes no bairro, teria aguardado a vítima chegar de seu turno de serviço à noite e através de uma emboscada efetuou os disparos executando-o enquanto caminhava em direção à sua residência, por volta das 22h30. Conforme o delegado, o executor foi preso há três dias, por envolvimento com tráfico de drogas e clonagem de veículo.

Durante as investigações a jovem envolvida com o mandante também foi ouvida e afirmou que conhecia a vítima desde a infância. Ela explicou que chegaram a ter um relacionamento por quatro anos, entretanto, há três anos se separaram e, a partir de então, passaram apenas a se cumprimentar.

A PC também descobriu que o mandante do crime chegou a avisar aos moradores do bairro e inclusive ao próprio taxista, que o mesmo deixasse o local. A vítima, porém, não acreditou nas ameaças e permaneceu, por ter crescido no bairro.

Os suspeitos já haviam sido ouvidos pela polícia no ano passado e na ocasião, negaram qualquer envolvimento com o crime. As investigações, porém, com os depoimentos das testemunhas, chegaram a conclusões que indicam de fato o envolvimento dos mesmos no homicídio. O processo agora segue para a Justiça.




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