Servidores da educação e da segurança pública protestam no centro de Juiz de Fora

Em ato unificado, servidores de diversas categorias do funcionalismo público estadual se reuniram na tarde dessa quarta-feira, 21, na Rua Halfeld, no Centro, para protestar contra a falta de pagamentos de salários pelo estado e outras reivindicações. Representados pelo Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-Ute), servidores da rede estadual de ensino foram às ruas pleiteando aplicação do piso salarial nacional e o cumprimento de outros acordos firmados com o governo. A categoria está em greve desde o dia 8 deste mês e só deve voltar às atividades quando o impasse for solucionado.

“O governo precisa cumprir o que foi acordado. Em 2015 foi pactuado o pagamento do piso salarial nacional, mas, até agora, não foi executou. Estamos sem receber os retroativos de 2016, 2017 e 2018. Os reajustes concedidos em janeiro de cada ano também não foram pagos. Fora que o nosso pagamento, que vence no 5° dia útil, está sendo pago de forma atrasada, inclusive, neste mês, ele só foi quitado no dia 14”, afirma a coordenadora do Sindicato, Victoria Mello.

Servidores das forças de segurança estadual também marcaram presença no ato. A mobilização contou com integrantes do Movimento independente dos Policiais Militares (MIPM), agentes penitenciários e outras autoridades. O principal apontamento da categoria é a recomposição das perdas inflacionárias no salário, desde 2015. De acordo com o presidente do Sindicato dos Servidores da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (Sindpol-MG), Marcelo Armstrong, a perda salarial acumulada dos servidores chega a 40%. “Desde 2015 convivemos com essa situação. São quase quatro anos de perdas e o estado permanece calado”, diz.

POSICIONAMENTO DOS ÓRGÃOS ESTADUAIS

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) afirma que, na segunda-feira, 19, se reuniu com representantes do Sind-UTE/MG para tentar uma negociação sobre a greve dos trabalhadores da educação estadual. A pasta também informa que no encontro surgiu “a possibilidade de se estabelecer um Termo de Ajustamento de Conduta que fixe parâmetros para o cumprimento dos reajustes do Piso Nacional Salarial ainda não pagos, referentes aos anos de 2017 e 2018”. A SEE adiantou que nova reunião para discutir esse termo aconteceria na tarde dessa quarta-feira.

Também por meio de nota, a Secretaria de Estado e Segurança Pública de Minas Gerais (SESP- MG) diz que o governo continua aberto às negociações com a categoria. A Secretaria informa ainda que “em relação à ajuda de custo pleiteada pela categoria, a situação econômica e financeira em que o Estado se encontra impede que o benefício seja concedido neste momento. O governo seguirá avaliando as possibilidades para atender às solicitações o mais breve possível e propôs que as negociações sejam retomadas a partir do mês de abril, quando existe uma perspectiva de melhoria financeira”, diz a nota.




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