Alunos e funcionários da Escola Normal aguardam reparos no telhado da instituição

Há nove meses, estudantes, professores e funcionários do Instituto Estadual de Educação de Juiz de Fora, conhecido como Escola Normal, sofrem com os danos causados por uma forte chuva ocorrida em maio de 2017.

“No dia 6 de maio do ano passado, houve uma chuva muito forte de granizo na cidade. O telhado de policarbonato, um material leve, foi bastante danificado e ele já não estava muito legal. Eu não sou engenheiro, mas acredito que também tenha afetado a estrutura”, relatou o diretor da instituição, Leonardo Ferreira da Silva.

A demora no conserto do telhado levou André Duraes a tirar a filha, que cursa o 8º ano, da escola. Ela estudava na instituição há três anos. Nesta semana, o pai esteve no Instituto e gravou um vídeo onde mostra a situação do telhado. “Vai fazer um ano que o telhado quebrou. O prédio anexo fica alagado e a escada, onde eu filmei, estava embaixo de chuva”, disse Duraes. “Eu filmei e coloquei nas redes sociais para que as pessoas tomassem ciência do caso e ajudem a fazer algo”, completou.

Segundo Duraes, o descaso foi o que motivou a retirada da filha da instituição. Nas imagens gravadas por ele, em uma dia chuvoso, vemos alunos subindo a escada, que dá acesso ao terceiro andar, com sombrinhas abertas devido às chuvas. Além disso, os corredores também estavam molhados por conta dos buracos no telhado.

 

PROCURA POR AJUDA

Na semana seguinte à chuva de granizo, que ocorreu em um sábado, o diretor do Instituto foi à Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Juiz de Fora para relatar o caso. “Me preocupou bastante, porque o telhado, além de cobrir as salas do prédio anexo, também cobre o pátio, o que aumenta o risco de um acidente”, disse.

Para ter conhecimento melhor da situação, Ferreira acionou a Defesa Civil. “Me entregaram um laudo que constatava que era uma situação de risco. Retornei à Superintendência e entreguei o relatório e fotos do telhado. Me informaram que, como era algo emergencial, não seria necessário realizar uma licitação e me pediram para procurar o menor preço, já que teria que ser feito [a troca do telhado] por empresa especializada”, afirmou o diretor.

Ele conferiu o valor com cinco empresa e encontrou uma de menor valor. “Entreguei o orçamento com valor mais baixo, R$54.500, a Superintendência e estamos aguardando até hoje. Através de e-mails, eles me dizem que estão corroborando com a gente, porém Belo Horizonte informou que não tem verba para enviar”, ressaltou Ferreira.

Enquanto aguardam a liberação de verba, os frequentadores da instituição precisam tomar cuidado nos dias de chuva. “A vice-diretora e eu já escorregamos devido ao piso molhado. Na semana passada, uma funcionária que estava limpando o pátio escorregou e foi parar no hospital porque machucou as costas”, falou o diretor do Instituto.

 

ESCLARECIMENTOS

Em nota, a Secretaria de Estado de Educação (SEE) informou que a equipe de rede física da Superintendência Regional de Ensino (SRE) de Juiz de Fora, responsável pela coordenação da escola, está acompanhando a situação junto à direção da instituição para que os problemas sejam solucionados o mais breve possível.

“Ressaltamos que existe um termo de compromisso, no valor de R$56 mil, para reparos e reforma de parte do telhado da unidade. O processo licitatório já foi realizado e o obra terá início após a disponibilização do recurso financeiro”, disse no comunicado.

Em relação ao projeto arquitetônico de reforma total do prédio, que é tombado pelo patrimônio, a Secretaria disse que está em fase de elaboração pelo Departamento de Edificações e Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DEER-MG). “Somente após a conclusão dessa etapa será possível programar a licitação da empresa que será responsável pela obra e prever o custo total da mesma”, finalizou.




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