Museu de Cultura Popular apresenta a mostra “Senhoras das Águas”

O Museu de Cultura Popular, do Forum da Cultura, apresenta neste mês de fevereiro a mostra “Senhoras das Águas”, dedicada a duas figuras religiosas: Iemanjá e Nossa Senhora dos Navegantes, cultuadas como entidades de proteção dos pescadores e navegantes. A exposição fica em cartaz até o dia dois de março, podendo ser visitada de segunda a sexta-feira, das 14 às 18h. A entrada é franca.

Em tempos de intolerância, a mostra nos traz a importância da devoção por meio de duas entidades conhecidas no cenário religioso: Nossa Senhora dos Navegantes, invocação herdada da colonização portuguesa nos tempos das grandes navegações e Iemanjá, cultuada pelas religiões afro-brasileiras.

Nossa Senhora dos Navegantes, em cerâmica pintada, de Guaratinguetá, SP, integra a mostra juntamente com representações de Iemanjá em diversos materiais. Também compõem a mostra miniaturas de barcos e jangadas feitos de madeira, conchas e ossos de peixe, todas confeccionadas por artesãos do nordeste brasileiro.

Além de orações dedicadas à Iemanjá, um dos destaques da exposição é um barco de oferendas, o qual os devotos colocam no mar em busca de proteção e prosperidade, geralmente no dia 02 de fevereiro, data em que se comemora o dia das duas entidades.

Protetoras do Mar

Nossa Senhora dos Navegantes, também conhecida como Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Boa Viagem ou Nossa Senhora da Boa Esperança, teve seu culto iniciado ainda no século XV, com a navegação dos europeus. Era comum os navegantes pedirem proteção à Nossa Senhora contra tempestades e outros perigos que o mar trazia.

Janaína, Rainha do Mar, Marabô, Inaê, Iara, Sereia, Princesa de Aiocá, Ísis, Mãe-d’água e Maria são apenas algumas das denominações recebidas por Iemanjá, dependendo de cada região. Ela é um dos orixás de origem africana mais conhecidos e louvados no Brasil, em especial, nas culturas baiana e carioca. O nome Iemanjá é derivado da expressão Iorubá, que quer dizer “mãe cujos filhos são como peixes”. Representada nas cores branco, prata, azul-celeste e verde-água no candomblé e azul e branco pelos adeptos da umbanda, ela é bastante reverenciada nos diversos terreiros de crenças afro-brasileiras.


 Fonte: Assessoria/UFJF




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