O último Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (Liraa), realizado entre os dias 2 e10 em Juiz de Fora, apontou índice de infestação de 3,9%, considerado “estado de alerta” pelo Ministério da Saúde. Os números de casos confirmados de dengue no município, no entanto, apontam para situação de controle. Em 2017 foram notificados 263 casos na cidade, com 76 confirmados. Nessas primeiras semanas de 2018, seis notificações, e nenhuma confirmação.
Com dias muito quentes, entretanto, não é hora de descuidar. O maior número de focos do mosquito continua dentro de casas e estabelecimentos comerciais, apontando a necessidade da participação da população na luta contra as doenças provocadas pelo vetor, como dengue, zika, chikungunya e agora, mais do que nunca, febre amarela.
Apesar de não haver registro de febre amarela urbana no Brasil desde 1942 – doença transmitida pelo Aedes aegypti -, os casos da doença silvestre, transmitida pelos Haemagogus e Sabethes, que vivem em áreas de mata, é hoje realidade em vários estados do Brasil, inclusive em Minas Gerais. Portanto, é necessária atenção especial da população no combate ao mosquito, pois quanto menos Aedes circular pela cidade, menores são as chances de a doença ser reinserida no ambiente urbano.
“O combate ao Aedes é ação fundamental dos trabalhos de prevenção. Estamos fazendo nossa parte e precisamos que a população nos ajude nesta tarefa. Se os focos estão dentro de casa, os dez minutos semanais são cruciais”, explicou o subsecretário de Vigilância em Saúde, Rodrigo Almeida.
Segundo o resultado do Liraa, nas regiões norte e leste estão os índices mais altos. Os bairros onde foram encontrados os maiores números de focos positivos são Distrito Industrial e Milho Branco (cada um com dez), Bom Pastor (sete), Marumbi (seis) e Santa Luzia (cinco). Ao todo, 5.540 imóveis foram visitados, em 220 bairros.
Enquanto isso, os trabalhos nos bairros Vila Olavo Costa, Monte Castelo e Santa Luzia seguem com o reforço do Projeto “Aedes do Bem”, que deve apresentar seus primeiros resultados a partir do próximo Liraa, previsto para março.
Além disto, diversas outras frentes de combate estão em execução. Isto inclui as ações definidas pela Subsecretaria de Vigilância em Saúde, a partir da reestruturação realizada em 2016. Entre elas, a antecipação da instalação do Comitê de Enfrentamento ao Aedes aegypti;amplo trabalho de mobilização social, por meio da Equipe de Educação em Saúde; zoneamento dos agentes de combate a endemias; e implantação da supervisão de equipes, além dos atendimentos pelo Disque Dengue 199 e pela Sala de Operações; da força-tarefa, que reúne diversas secretarias e órgãos da PJF; e dos mutirões de limpeza. Todas estas ações acontecem durante todo o ano.
Em 2017, o 199 atendeu 1.164 solicitações, em sua maioria nas regiões com maior índice de infestação, como norte (233), sul (229) e leste (179). Entre as ocorrências mais comuns estão verificação de lixo (245), casas abandonadas (173), vasilhames (140), poça d’água (128) e caixa d’água destampada (117). Na Sala de Operações foram mais de 40 ações intersetoriais, que envolvem maior complexidade. A Educação em Saúde realizou cerca de 150 ações específicas sobre dengue, em unidades públicas, empresas e comunidades.
Fonte: Assessoria