Cento e quinze mil juiz-foranos estão negativados

Segundo informações da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) de Juiz de Fora, cerca de 115 mil juiz-foranos estão com o nome sujo. O número é o reflexo do que acontece no país todo. Pela estimativa do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), 59,9 milhões de brasileiros encerraram 2017 com as contas no vermelho. Os principais motivos que levaram os devedores ao endividamento são os atrasos nas parcelas do cartão de crédito (81%), do cartão de lojas (69%) e de carnês ou boletos.

De acordo com o presidente da CDL/JF, Marcos Casarin, na maioria dos casos as pessoas não fazem ideia de que estão devendo. “Costuma o consumidor parcelar a compra em várias vezes e se esquecer que escolheu essa modalidade de pagamento. Aí quando ele vai comprar outro produto, acaba sendo avisado sobre uma restrição em seu nome e que ela está ligada a uma compra antiga”, afirma.

Casarin também reforça que no período que antecede as festividades de fim de ano e o início de um novo ano é constatado um aumento no número de inadimplentes. “Com a chegada do Natal e do Réveillon, o índice de consumo aumenta. O resultado é que as pessoas não se planejam ou então se empolgam e compram além do que irão conseguir pagar, se esquecendo que tem que quitar os impostos que vem em janeiro, além das despesas básicas. Porém, em meados de março, as pessoas, lentamente, colocam as contas em dia. Todo ano é a mesma coisa”, diz.

O presidente lembra ainda que quem quiser fazer um levantamento das dívidas ou negociar pode se deslocar até a sede da CDL (Rua Halfeld, nº 414, 3° andar, Centro), das 8h às 18h, portando os documentos pessoais.

 

META PARA 2018

O levantamento da CNDL e do SPC mostra que para a maioria dos brasileiros a vida financeira piorou em 2017. Segundo a pesquisa, 85% tiveram que fazer cortes ou ajustes no orçamento no ano passado. Refeições fora de casa (63%), a compra de itens de vestuário, calçados e acessórios (56%) e os itens supérfluos de supermercado (49%), foram os principais privilégios que os brasileiros abriram mão.

Cerca de 45% dos entrevistados informaram ter como meta juntar dinheiro neste ano. Cinquenta e quatro por cento disseram estar mais otimistas com o cenário econômico em 2018 e 58% acreditam que sua vida financeira será melhor.




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