PF apreende 886 mil dólares em operação contra crimes no Galeão

A Polícia Federal apreendeu nessa terça-feira, 19, 886 mil dólares em três dos 36 endereços em que foram cumpridos mandados de busca e apreensão dentro da Operação Rush. A quantia representa R$2,912 milhões e foi encontrada durante a ação que apura crimes cometidos por funcionários de empresas que atuam no Aeroporto Internacional Antônio Carlos Jobim/Galeão, no Rio de Janeiro.

A operação foi deflagrada pela Delegacia Especial de Polícia Federal no aeroporto e cumpriu 29 mandados de prisão preventiva. A maior parte dos dólares – 807 mil – foi encontrada em apenas um endereço dos investigados. Outra residência tinha 74 mil dólares, e a terceira, 5 mil.

Segundo a Polícia Federal, havia três organizações criminosas que praticavam crimes no aeroporto. Um grupo utilizava a identidade de passageiros de voos domésticos para enviar malas com cocaína para o exterior. Um segundo desviava da fiscalização bagagens que chegavam ao aeroporto, e um terceiro grupo roubava bebidas alcoólicas de aeronaves que pousavam no Galeão.

Também foram encontrados nas casas dos suspeitos veículos de luxo e blindados. A maior parte das prisões foi no Rio de Janeiro, mas também foram detidos criminosos em São Paulo, São Vicente e Angra dos Reis. Ao menos um servidor da Receita Federal está entre os detidos.

 

EMITIDOS 36 MANDADOS DE PRISÃO TEMPORÁRIA

Ao todo, foram emitidos 36 mandados de prisão temporária e um de condução coercitiva, contra uma pessoa que oferecia sua conta bancária para um dos membros da organização criminosa. Nessa conta corrente foram encontrados R$300 mil.

A maior parte dos envolvidos era de funcionários de empresas que atuavam no Galeão, como as companhias aéreas Avianca, TAP e KLM. O tráfico internacional de drogas enviava os entorpecentes para os aeroportos de Amsterdã, na Holanda, e Lisboa, em Portugal. O delegado da Policia Federal Wagner Menezes, que participou da investigação, vê fortes indícios de esquemas semelhantes nesses aeroportos.

“Ficou evidente que o esquema também era operado nos aeroportos de destino. Uma vez tiveram que interromper a remessa porque os funcionários do aeroporto de destino estavam de férias”, disse.

Fonte: Agência Brasil




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