O governo lançou hoje o selo Agro Mais Integridade. Esse selo será concedido a empresas do setor agropecuário que adotam medidas capazes de impedir práticas de corrupção ou outras ilegalidades.
A medida foi pensada em decorrência da crise deflagrada após a Operação Carne Fraca, lançada em março deste ano pela Polícia Federal, que colocou em questionamento a qualidade da carne brasileira após fechamento de frigoríficos e prisão de fiscais agropecuários por fraude e corrupção, entre outros crimes.
“Com a Operação Carne Fraca, nós aprendemos muito. Aquela operação colocou em risco a imagem da agricultura e pecuária do Brasil. E nós tivemos que agir rápido”, disse o secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Eumar Novacki. Já o chefe da pasta, ministro Blairo Maggi, foi além, e afirmou que foi positivo ter passado pela crise.
“Passamos a olhar as oportunidades que o evento Carne Fraca nos deu. Admito que foi bom termos passado por ela. Percebemos que o mercado nacional e internacional olham para o sistema sanitário no Brasil e olharam a possibilidade de interferência política dentro do ministério da Agricultura na área da fiscalização e na área da gestão”.
Para Novacki, o selo se tornará um diferencial de mercado para as empresas que o tiverem. “Ao receber esse selo, a empresa vai poder utilizar na sua marca, para fazer publicidade. Em um primeiro momento, isso vai ser um diferencial de mercado, mas no futuro será uma exigência. Entendemos que esse selo, muito em breve, será exigido pelo Brasil e pelos países que compram o [produto] agro brasileiro”.
As empresas interessadas em receber o selo deverão se inscrever a partir de 1º de fevereiro, com término em 31 de maio. O resultado será divulgado até o final de setembro.
O governo também lançou o chamado Pacto pela Integridade. Trata-se de um compromisso empresas e entidades do agronegócio representadas pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com o ministério para implementação de políticas e procedimentos anticorrupção.
Fonte: Agência Brasil