O primeiro-ministro do Líbano, Saad al-Hariri, cancelou sua renúncia ao cargo nessa terça-feira, 5, e disse que todos os membros do governo concordaram em manter distância de conflitos em países árabes. A informação é da agência Reuters.
Hariri havia entregue o cargo em uma transmissão feita da Arábia Saudita um mês atrás, mas disse que poderia voltar atrás se todas as partes do governo libanês concordassem em aderir à política de Estado de “dissociação” de conflitos regionais.
O governo de Beirute disse em um comunicado lido por Hariri: “O gabinete agradece seu líder (Hariri) pela posição e por revogar sua renúncia”.
“Todos os componentes políticos (do governo) decidem se dissociar de todos os conflitos, disputas, guerras ou assuntos internos de países árabes irmãos para preservar as relações econômicas e políticas do Líbano”, disse Hariri. Sua oferta de renúncia mergulhou o país em um conflito entre a Arábia Saudita e seu principal inimigo regional, o Irã.
Autoridades libanesas disseram que o governo de Riad coagiu Hariri, aliado de longa data do reino, a renunciar e o manteve no país contra a sua vontade, até que uma intervenção da França propiciou sua volta para casa – o que os sauditas negam. O Irã apoia o Hezbollah, grupo armado xiita poderoso que faz parte do governo libanês e que a Arábia Saudita acusa de semear discórdia no mundo árabe com o apoio de Teerã.
A reunião de gabinete dessa terça-feira na qual o comunicado foi acertado foi a primeira desde que a renúncia de Hariri levou o país a uma crise política.
Fonte: Agência Brasil