A saúde de Gibby é a prioridade da estudante e professora de inglês, Juliana Xavier. Alimentação de qualidade, areia à vontade, shampoo e acessórios antipulgas são algumas das “regalias” oferecidas para o bichinho. Além disso, qualquer incômodo que o animal apresenta resulta em consultas médicas. “Os cuidados são validos. Quem gosta de bicho sabe do que estou falando. Eu não me importo de gastar um pouco mais para satisfazê-lo”, explica Juliana, reforçando que gasta cerca de R$50 mensalmente com o animal.
Gibby é um gato de nove meses, que morava na rua e foi adotado por sua dona. Juliana faz parte dos 82% dos brasileiros que cuidam pessoalmente de seu pet, conforme a pesquisa do SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) Brasil e da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).
MERCADO EM ASCENÇÃO
Em meio ao crescimento de pessoas que buscam o serviço de pet shop para tratamento dos animais, os estabelecimentos de Juiz de fora têm adotado estratégias para atender a demanda. Segundo Paola Guedes, vendedora de uma loja no Bairro Alto dos Passos, zona Sul, um dos fatores responsável pelo aquecimento do mercado é a mudança do comportamento do consumidor. “Temos notado aumento na procura. Parece que as pessoas estão deixando de ter filhos e optando por adotar animais. Hoje eles não veem mais o cachorro ou o gato como simples animais. São membros da família.”, afirma ela.
Com três lojas espalhadas pela cidade, o comércio procurou alternativas para proporcionar maior comodidade aos clientes. “Oferecemos serviços de táxi cão, onde buscamos e levamos o animal em casa, trazendo comodidade para o dono. Também disponibilizamos descontos para fidelizar clientes, atendimentos veterinários, capacitação dos funcionários para lidar com os animais, além de sempre trazer novidades que agradam os donos”, reforça Paola. Ela calcula que tem clientes com gastos mensais de até R$200 com os animais.
No pet shop em que Letícia Nascente trabalha, no Bairro São Mateus, também zona Sul, banho e tosa são as opções mais requisitadas pelos clientes. De acordo com ela, a crise financeira que o país atravessa e as baixas temperaturas fizeram com que o movimento despencasse. Entretanto, ela aguarda ansiosamente a chegada do verão. “Com a crise, alguns clientes que vinham semanalmente começaram a trazer os animais mensalmente. Outro fator foi o frio que também contribui para que as pessoas diminuam a quantidade de vezes que lavam seus bichos. Estamos aguardando a chegada do verão para ver o que acontece”, ressalta.