Os vereadores Marlon Siqueira (PMDB), Charlles Evangelista (PP), Sargento Mello Casal (PTB) e Vagner Oliveira (PSC) se reuniram na terça-feira, 4, com os representantes da Caixa Econômica Federal, responsáveis pelo programa habitacional na cidade, Minha Casa, Minha Vida (MCMV). O encontro contou, também, com a presidente do Conselho Municipal de Habitação, Letícia Zambrano.
Na pauta, as demandas recebidas durante a audiência pública sobre problemas do programa de habitação federal em Juiz de Fora, realizada na quinta-feira, 29. Segundo os parlamentares, a presença da instituição nas discussões sobre o MCMV é essencial para a resolução, tanto dos problemas administrativos quanto estruturais.
“A reunião dá continuidade à audiência pública que realizamos, em que esperávamos reunir todas as entidades envolvidas para discutir o tema junto aos beneficiários. É necessário que a Caixa, a Prefeitura e a Câmara sejam parceiras na resolução dos diversos problemas relatados a nós pelos moradores”, destacou Marlon Siqueira.
De acordo com o vereador Mello, na maioria das vezes, os problemas são muito complexos para uma única instituição ter o poder de solucioná-lo. “Pude visitar vários conjuntos do Minha Casa, Minha Vida e as dificuldades são muitas, que causam desconforto, e podem até colocar em risco a integridade dos moradores”, citando como exemplo o destelhamento de algumas residências do condomínio Miguel Marinho, na Zona Norte.
Durante a reunião, a instituição financeira pôde explicar melhor o seu papel de corresponsabilidade nos empreendimentos, como “braço operador do Minha Casa, Minha Vida em Juiz de Fora”, segundo o superintendente regional do Sudeste de Minas, Luiz Guilherme de Campos.
Quando há um problema estrutural em uma residência (uma rachadura, por exemplo) e for avaliado que a causa é um vício de construção, o banco deve acionar a construtora responsável pela obra para realizar o reparo.
“Temos que avaliar caso a caso, são vários empreendimentos [16 conjuntos habitacionais ao todo], com problemas específicos. Mas o importante é que a sociedade saiba que a Caixa está de portas abertas para o diálogo”, pontuou Campos, salientando que todas as solicitações do telefone de atendimento da Caixa (0800 726 0101) direcionadas ao MCMV em Juiz de Fora são averiguadas pelo corpo técnico.
ABASTECIMENTO NOS CONDOMÍNIOS
Entre as demandas, a questão do abastecimento de água nos empreendimentos ganhou destaque, sendo abordada tanto pelos vereadores quanto pela representante do Conselho Municipal de Habitação. A necessidade de individualização dos hidrômetros e seu acesso livre aos leituristas da Cesama foram apontados como solução para questões como a dificuldade na divisão de uma conta de água única pelos condôminos.
A divisão pelos hidrômetros individuais auxilia, ainda, na descoberta de possíveis fontes de desperdício do recurso hídrico, seja por vandalismo e até falhas estruturais na rede do empreendimento, como aconteceu no residencial Vivendas Belo Vale, que passou por um projeto corretivo de rede financiado pelo Fundo de Arrendamento Residencial (FAR).
“O problema da falta de água é um dos mais graves. Temos a Cesama, a Caixa, e as construtoras envolvidas, cada um dizendo que as medidas devem ser tomadas pela outra entidade. Precisamos ver quem são os responsáveis de fato, para resolver essa situação em benefício dos moradores”, enfatizou o vereador Charlles.
Uma nova reunião foi marcada com a presença da Cesama para o desenvolvimento de uma ação integrada para a melhoria no abastecimento dos empreendimentos.
Fonte: assessoria