Condições climáticas desfavoráveis, como frio, geadas e chuvas, e uma safra inferior à que estava prevista devem fazer o preço do feijão-carioca subir nos próximos dias.
Ainda assim, não há previsão de que a alta chegue ao nível atingido no ano passado, quando o produto foi o grande vilão da inflação. Só entre janeiro e junho de 2016, o preço subiu 54,09%.
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê que a atual safra, a segunda no ano, chegue a 624 mil toneladas de feijão, quando o ideal para atender à demanda seria uma colheita de 800 mil toneladas.
“A produção está menor que a prevista. Nos últimos dias, o frio e as chuvas que caíram na região sul, paralisaram a colheita e comprometeram bastante a safra. Principalmente no Paraná, que é um dos principais produtores”, explica Rodrigo Mariano, gerente de economia e pesquisa.
Segundo o economista, ainda que a alta se confirme o preço do feijão não deverá disparar como no ano passado, quando o quilo do produto chegou a custar R$18 em supermercados de todo o país, e teve um dos maiores impactos na inflação.
“Ainda que as condições climáticas tenham reduzido na safra prevista, creio que não correremos risco de que o fenômeno do ano passado se repita, pois, 2016 foi um ano atípico. E a área plantada neste ano é muito maior”, afirmou.