Inverno na Zona da Mata será menos rigoroso que ano passado

O inverno bate à porta, oficialmente, nesta quarta-feira, 21, a partir das 13h24 e terminará no dia 22 de setembro, às 17h02. A informação é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Climatologicamente, a estação é marcada pelo período menos chuvoso das regiões Sudeste, Centro-Oeste e grande parte da região Norte do Brasil. Juiz de Fora e demais municípios da Zona da Mata e Campo das Vertentes não fogem tanto das características da estação em âmbito nacional. Porém, segundo o 5º Distrito do Inmet em Belo Horizonte (MG), muitos mineiros enfrentarão um inverno menos rigoroso do que ano passado.

Luiz Ladeia, meteorologista do 5º Distrito, ressalta que a previsão para a região é de um período de baixa umidade relativa do ar, tempo mais seco e temperaturas mais baixas na madrugada. “A média da temperatura diurna será de 22°C. Já as mínimas nas madrugadas poderão oscilar entre 10ºC e 12ºC, com possibilidade de quedas bruscas de temperatura, em dois ou três dias da estação, registrando uma variação de 5°C a 7ºC”. O meteorologista esclarece, ainda, que as perspectivas a nível regional também configuram-se como previsão para o inverno em JF.

Ladeia também ressalta um dos aspectos negativos da estação. “Este é um período no qual as pessoas costumam realizar queimadas em lotes, terrenos ou matas. Somado a isto, o tempo seco facilita o alastramento do fogo, aumentando o total de áreas degradadas”, alerta.

INVERSÕES TÉRMICAS

A inversão térmica é um fenômeno comum no inverno, que ocorre sempre no período da manhã, com a formação de nevoeiros ou névoa úmida. O fenômeno gera a redução de visibilidade, impactando especialmente em estradas e aeroportos. “Na Zona da Mata, o fenômeno deve compreender a formação de névoa seca à tarde, em alguns dias”, acrescenta Ladeia.

EL NIÑO NO BRASIL

Segundo o Inmet, as chances de ocorrência de um fenômeno El Niño durante o Inverno de 2017 diminuíram no último mês, prevalecendo a “neutralidade” no oceano Pacífico Equatorial. Entretanto, caso haja uma confirmação até o fim da primavera, provavelmente o fenômeno será de baixa intensidade, segundo um dos modelos de prognóstico probabilístico do “El Niño”. Outros fatores, como a temperatura na superfície do oceano Atlântico Tropical e no sudoeste do Atlântico Sul, poderão influenciar o regime de chuvas no país, dependendo das suas características climáticas durante esta estação.

O El niño trata-se de um fenômeno atmosférico e oceânico que provoca um superaquecimento das águas no Oceano Pacífico Tropical, alterando os climas regional e global.




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