“Uma vida sem violência é um direito das mulheres”. É com essa frase, estampada em um cartaz, que os funcionários da Casa da Mulher recebem as vítimas de violência sexual e doméstica há quatro anos. Desde a inauguração, 29 de maio de 2013, mais de 9.500 mulheres foram atendidas pela instituição, que emitiu, até o dia de 30 de abril, 3.732 medidas protetivas.
A Casa da Mulher atende em média dez mulheres por dia. Atualmente, a instituição disponibiliza diversos serviços, como o apoio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, pólo avançado do Poder Judiciário, Defensoria Pública, Comissão Subseccional da Mulher Advogada de Juiz de Fora, OAB Mulher Estadual, plantão permanente da Polícia Militar de Prevenção e Combate à Violência Doméstica. Apesar do aumento do número de registros, a delegada titular da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Sheila Oliveira, afirmou que na verdade, as vítimas se sentem mais seguras em denunciar.
Em 2013, foram contabilizados 1.308 atendimentos; no ano seguinte, 1.867; em 2015, 2.231 casos; e, no ano passado, 3.087 registros. “O atendimento é primordial para o combate a violência contra mulher. Nós sempre fomos vítimas de preconceito que vem desde o sistema patriarcal e da cultura machista. Precisamos desse apoio para amenizar essa situação de sofrimento”, ressaltou a delegada, ao lembrar que a Casa da Mulher também oferece atendimento psicológico e assistência social.
Para Maria Luiza Moraes, atual coordenadora da instituição, a Casa da Mulher representa uma mudança de paradigmas na administração pública da cidade. “A Casa da Mulher é um divisor de águas. Com mais de 9.500 atendimentos, mostra o que ela representa para as vítimas de violência. Porque se ela não existisse, teríamos mais de nove mil mulheres sem acolhimento, sem um local que elas pudessem procurar apoio e resposta para aquela violência”, disse.
O prefeito Bruno Siqueira destacou que a Casa da Mulher é um ponto muito importante de apoio a mulheres vítimas de violência. Para ele, a instituição é um marco de referência para elas. “Esperamos que elas vejam como um local de apoio que atenda as suas necessidades. Um ponto de referência de grande atendimento a mulheres de Juiz de Fora”.
A expectativa do chefe do Executivo Municipal é que nos próximos anos o trabalho realizado seja aprimorado. “A gente gostaria que não tivesse a necessidade de ter uma Casa da Mulher, porém, caso a mulher precise, que ela saiba onde procurar e tenha o melhor atendimento”, finalizou.