Conselho de Segurança se reúne para analisar ataque químico na Síria

O Conselho de Segurança da ONU fará uma reunião de emergência nesta quarta-feira, 5, para analisar o suposto ataque químico na cidade de Khan Sheikhoun, na província de Idlib, no norte da Síria. O anúncio foi feito nessa terça-feira, 4, pela presidente rotativa do Conselho, a embaixadora dos Estados Unidos Nikki Haley, que se mostrou muito preocupada com o episódio. As informações são da agência espanhola EFE.

A reunião responde a uma solicitação da França e do Reino Unido, que tinham pedido que a questão fosse abordada o mais rápido possível no principal órgão de decisão das Nações Unidas. O Conselho já tinha uma sessão regular sobre o uso de armas químicas na Síria prevista para a tarde dessa quarta-feira, mas o suposto ataque à cidade de Khan Sheikhoun, no norte do país, fez com que a reunião fosse antecipada e convertida em uma sessão de emergência.

O encontro, que segundo Nikki Haley terá portas abertas, será realizado às 10h locais de Nova York (11h de Brasília). O secretário-geral da ONU, António Guterres, lembrou hoje, através de seu porta-voz, que qualquer uso de armas químicas é “extremamente alarmante” e representa uma “séria violação das leis internacionais”.

O porta-voz, no entanto, disse que ainda não era possível “verificar positivamente” o uso de armas químicas nesse ataque.

OPAQ

A comissão da ONU que investiga os crimes no conflito sírio disse hoje que está investigando o fato, o que também está sendo feito pela Organização para a Proibição das Armas Químicas (Opaq).

O Conselho de Segurança abordou o uso de armas químicas na Síria de forma regular durante os últimos anos, mas as divisões em seu seio impediram que medidas fossem tomadas contra os responsáveis.

Uma investigação conjunta das Nações Unidas e da Opaq determinou que o regime sírio esteve por trás de vários ataques com substâncias proibidas em 2014 e 2015 e que o Estado Islâmico (EI) também usou armas químicas em pelo menos uma ocasião.
Em fevereiro passado, a Rússia e a China vetaram uma resolução que tentava impor sanções ao governo sírio.

Fonte: Agência Brasil




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