Professores e integrantes do Sindicato dos Professores de Juiz de Fora (Sinpro-JF) se reuniram na tarde dessa terça-feira, 28, no Hotel Hitz, para discutir a aprovação do Plano Municipal de Educação (PME) e reivindicar os seus direitos. O PME foi aprovado pelos vereadores na segunda-feira, 27.
Os participantes, iniciaram a reunião, gritando palavras de ordem contra o atual governo do presidente Michel Temer (PMDB). Os manifestantes comemoraram o alcance de 66% no índice de paralisação desde a greve geral iniciada no dia 15 e agradeceram a presença de todos que acompanharam a votação do PME na Câmara Municipal. “Quero agradecer a presença dos que se mantiveram o tempo todo, ocupando os corredores, as cadeiras, do lado de fora da Câmara”, comentou Lucia Lacerda, integrante da coordenação Geral do Sinpro.
Além disso, os docentes condenaram a aprovação do texto encaminhado pela Prefeitura ao Legislativo, contendo alterações em mais de 50 artigos. A principal delas é a modificação que traça os ganhos dos profissionais de educação, por questões que ferem a responsabilidade fiscal do município. “A Prefeitura enviou um ofício, alegando a crise financeira do Brasil e as dificuldades no orçamento do poder Executivo municipal. Inclusive, fala-se também do aporte da Prefeitura ao fundo de previdência, afirmando que houve um aumento no pedido da aposentadoria. Sabemos que é o contrário, pois ela tem arrecadação em alta”, reforçou Lacerda.
Os representantes da classe aprovaram várias moções de repúdio contra autoridades e reforçaram que a aprovação do projeto é negativa para a categoria. “Vamos continuar lutando nas campanhas salariais”, destacou o vereador Roberto Cupolillo (Betão-PT) que teve oito de suas 30 emendas aprovadas.
Ao final da assembléia os integrantes aprovaram a continuidade da greve. Na próxima sexta-feira, 31, os manifestantes convocaram um novo encontro às 14h na Câmara Municipal, com o objetivo de intensificar o diálogo com a comunidade.