União Europeia vai ter plano para fechar rota migratória no Mediterrâneo

A União Europeia apresentará, no início de fevereiro, um plano para fechar a chamada Rota do Mediterrâneo, por meio da qual milhares de imigrantes viajam em embarcações superlotadas da Líbia à Itália. O objetivo é ajudar a Líbia a controlar sua costa e suas fronteiras. As informações são da Agência Ansa.

O projeto será divulgado pela alta representante para Política Externa da UE, a italiana Federica Mogherini, durante uma cúpula informal em Valeta, na capital de Malta. Entre os principais pontos da iniciativa, estará o treinamento da Guarda Costeira da Líbia e o fornecimento de meios navais para que o país africano tenha um papel central no controle de suas águas territoriais.

É comum que navios europeus, sob coordenação da Guarda Costeira da Itália, realizem operações de resgate na costa da Líbia e levem os imigrantes para portos das regiões de Sicília, Calábria e Puglia, no sul da península. Se a Líbia assumir essa função, os deslocados externos passarão a ser levados de volta ao país africano.

Além disso, a União Europeia vai propor pelo menos 200 milhões de euros de financiamento para projetos na Líbia e reforçará suas fronteiras com Egito, Tunísia e Argélia, em colaboração com os governos dessas três nações, para evitar o surgimento de rotas alternativas.

Também serão anunciadas medidas para melhorar as condições de vida nos campos de acolhimento em território líbio e para incentivar o retorno de imigrantes econômicos, que não têm direito a refúgio, a seus países de origem.

Em 2016, o caminho marítimo entre Líbia e Itália voltou a ser a principal rota migratória do Mediterrâneo, após a UE ter chegado a um acordo com a Turquia para fechar a chamada “via balcânica”, que começava na Síria e entrava na Europa pela Grécia.

No trajeto que tem como destino o litoral italiano, a maioria dos imigrantes é de origem africana, principalmente da região subsaariana. No ano passado, a Itália recebeu 181 mil deslocados externos, um crescimento de 20% em relação a 2015.

Fonte: Agência Brasil




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