Bernardinho deixa a seleção de vôlei depois de 16 anos e Renan Dal Zotto assume desafio

Chegou ao fim a “era Bernardinho” na seleção brasileira de vôlei. Depois de quase 16 anos a frente do comando do time, o treinador anunciou nesta quarta-feira,11,que deixará a equipe. O motivo principal foi a pressão da família, que pedia que ele tivesse mais tempo para descansar.

Bernadinho também comanda o Rio de Janeiro na Superliga feminina, o que o faz trabalhar quase que todos os meses do ano.

RENAN ASSUME
Seu substituto será Renan Dal Zotto, que, assim como Bernardinho, foi membro da geração que conquistou a medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1984, em Los Angeles.

O período de Bernardinho no comando da seleção foi simplesmente incrível. Porém ele seguirá como uma espécie de consultor da seleção masculina.
Após pegar uma seleção desacreditada, que havia caído na Olimpíada de 2000 ainda nas quartas de final para a Argentina, Bernardinho construiu uma das maiores hegemonias da história do esporte.Foram 28 títulos relevantes, com direito a três Mundiais, duas Copas do Mundo e duas Olimpíadas, a última delas no ano passado, em solo brasileiro, no Rio de Janeiro.

HISTÓRIA
Bernardinho foi contratado para o lugar de Radamés Latari ainda em 2000, mas só estreou no começo do ano seguinte. Em 4 de maio, venceu a Noruega em um amistoso. No dia 11, venceu a Holanda na abertura da Liga Mundial. E, pouco tempo, no fim de junho daquele ano, foi campeão do torneio em cima da então poderosa Itália.

O título logo em seu primeiro torneio deu todas as mostras do que estava por vir. A seleção que só tinha uma Liga Mundial hoje tem nove e é a maior campeã do torneio. O time que nunca havia ganhado o Mundial nem a Copa do Mundo acabou sendo campeão, três vezes de um e duas do outro. E o país que só sabia o que era ter uma ‘geração de prata’ levou dois ouros olímpicos.

Bernardinho foi gigante não só dentro de quadra. Fora delas, acabou sendo a cara de um projeto que transformou o vôlei em um dos esportes mais populares do Brasil. O país se transformou em fonte quase inesgotável de talento e já começa seu quinto ciclo olímpico, com praticamente cinco gerações diferente, atuando no mais alto nível.

O curioso é que Bernardinho agora faz o caminho oposto. Se em 2000 resolveu deixar o Rexona para assumir a seleção masculina, agora ele deixa a seleção para seguir no comando do Rexona. Um detalhe: neste meio-tempo, o time deixou o Paraná e foi para o Rio de Janeiro. Mas, sob a batuta do treinador, nunca deixou de ser uma potência. (Fonte: Espn/Uol)

bernardinho




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